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Dezenove organizações a nível nacional lançaram o Barômetro da Mobilidade 2024, para coletar informações sobre hábitos de deslocamento em todos os modos de transporte.
O inquérito está disponível on-line para respostas até 15 de novembro e pretende coletar em especial informações sobre os motivos que determinam o uso, ou não, da mobilidade de pedestres, bicicletas e transporte público.
Segundo as organizações, o inquérito, que se realiza pela segunda vez, permite que seja possível ter uma radiografia mais próxima da realidade da utilização da bicicleta no país, e dos fatores que levam à sua não utilização, criando uma base de dados.
Todos os dados serão anonimizados e analisados por uma equipe multidisciplinar, com os resultados a serem divulgados em abril de 2025 aqui.
As organizações entendem que os dados coletados através dos Censos são limitados em matéria de mobilidade, sobretudo no que se refere aos modos ativos (pedonal e ciclável) pelo que pretendem com o barómetro criar rotinas de recolhas de dados que ajudem a analisar melhor a situação da mobilidade ativa em Portugal, apelando assim à participação de todos.
Em 2023, o barômetro se dedicou a investigar dados de mobilidade cicloviária e, em 2024, será ampliado para incluir dados sobre mobilidade de pedestres, bicicletas, sobre acessibilidade e transporte público.
Segundo dados divulgados no site do barômetro, em 2023 foram obtidos 3.545 levantamentos, com maior percentual de entrevistados do distrito de Lisboa (28 por cento dos levantamentos), seguido por Braga (27 por cento), Porto (14 por cento) e Aveiro (11 por cento).
Os entrevistados se deslocam, em média, cerca 13 quilômetros em seus deslocamentos diários mais habituais, embora tenha ocorrido uma grande variabilidade nas respostas dadas (deslocamentos entre 0 e 500 quilômetros, com um desvio padrão de cerca de 23 quilômetros).
Por outro lado, mais de metade das pessoas (52 por cento) afirma que as deslocações diárias demoram de cinco a 20 minutos e 23 por cento demora de 21 a 35 minutos.
O carro foi o modo de transporte mais utilizado no universo de pessoas entrevistadas, sendo que 52 por cento das pessoas indica que este é o modo de transporte que mais utilizam diariamente, enquanto que a bicicleta é o modo de transporte mais utilizado por cerca de 16 por cento das pessoas; apenas 10 por cento das pessoas relatam que viajaram principalmente de transporte público.
Questionadas sobre as razões que os leva a não usar bicicleta como modo de transporte, 38,42 por cento disse não se sentir confortável no trânsito e 29,59 por cento por considerar que não existem ciclovias seguras.
Quando inquiridas acerca de que outros modos de transporte utilizam para além do principal, 45 por cento das pessoas referem que, em alternativa, se deslocavam a pé.
O Barômetro da Mobilidade faz parte da associação ambientalista Zero, Associação para a Promoção da Segurança Infantil, Braga Ciclável, Ciclaveiro, Pedal Faro ACoimbra Pedal, Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta e a associação Inspira Mobilidade.
A associação Mobilidade Ativa Porto, Figueira da Foz – O Peão Primeiro, The Future Design of Streets, Cicloda – Associação Oficina da Ciclomobilidade, Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, Espécie Rara Sobre Rodas, Bicicultura, Centro de Vida Independente, Estrada Viva e Patrulheiros são igualmente parte do barômetro.
Recorde-se que na última semana, a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2025 apresentada pelo governo foi recebida com decepção por parte da MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, ao excluir «completamente» os modos de mobilidade ativa, como o andar a pé e o uso da bicicleta, como o barlavento noticiou.
Foto: Bruno Filipe Pires
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