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O jornal cita várias fontes sob anonimato, com quem Obama partilhou os seus receios nos últimos dias.
Em conversas privadas, Obama terá dito que o porvir da candidatura de Biden é uma decisão que só cabe a leste. Mas, acrescenta o jornal, o ex-presidente tem estado no núcleo de conversas sobre o porvir da campanha.
Tem por exemplo atendido telefonemas de muitos democratas ansiosos, incluindo da ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
A notícia de hoje é mais um recado dirigido a Bidennum momento em que o presidente, de 81 anos, foi forçado a isolar-se por ter testado positivo à Covid-19, precisamente quando tentava restaurar uma imagem de firmeza e de crédito depois um debate desastroso contra Donald Trump há três semanas.
Desde esse debate, 22 congressistas democratas e um senador apelaram diretamente a Biden para que desista e dê lugar a outro candidato.
O presidente tem resistido a todos os pedidos, apesar das sondagens indicarem que está a atrasar-se nas preferência face ao rival republicano. O risco de roteiro já levou doadores a congelarem os seus donativos se ele mantiver a candidatura, outra questão premente para Obama e outros líderes democratas.
Sondagens publicadas quarta-feira indicavam mesmo que qualquer outro democrata teria melhores resultados do que o atual presidente face a Trump. Outra estudo de opinião, da Associated Press, revelou que dois terços do Partido Democrata querem vê-lo substituído.
Desistência por dias
Vários media norte-americanos anunciaram esta semana que Biden estará finalmente mais ingénuo a ouvir argumentos favoráveis à sua desistência e terá mesmo perguntado sobre as possibilidades da sua vice-presidente, Kamala Harris, contra Trump.
Alguns altos responsáveis do Partido Democrata referiram ao Axios que o presidente poderá mesmo desistir dentro de diaso mais tardar durante o próximo fim-de-semana.
Na verdade, a pressão estará a tornar-se intolerável. Mensagens privadas de líderes, amigos e doadores têm transmitido a Biden a teoria de que ele não poderá vencer, não irá conseguir mudar a perceção do público sobre a sua idade e sagacidade e não poderá conseguir maiorias no congresso, minando a sua crédito.
O recado, oferecido por Pelosi e pelos líderes democratas no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, é evidente. Se obstinar na sua candidatura, Joe Biden poderá dar a Donald Trump uma vitória esmagadora e varrer de uma só vez o seu legado e as esperanças democratas.
A angústia pelo porvir está a levar o cerco a apertar-se, de tal forma que cada esforço de Biden para se reerguer está a ser minado pelo próprio partido.
Segunda-feira passada, numa entrevista à NBC, Biden garantiu que a sua acuidade mental está “muito muito e recomenda-se”.
Horas depois, David Axelrod, estrategista das duas campanhas de Obama, afirmou na CNN que o presidente está a recusar reconhecer que está a perder para Trump.
“Existem nesta vida alguns factos imutáveis e estes ficaram dolorosamente óbvios naquele palco de debate e o presidente parece que ainda não aceitou isso. Não está a lucrar a corrida. Mais provavelmente, se olharmos para os dados e falarmos com pessoas pelo país inteiro, políticos de todo o país, é mais provável de perda por grande margem do que à tangente”, afirmou.
Axelrod foi uma das primeiras vozes do Partido Democrata a proteger a desistência de Biden e afirmou segunda-feira que o presidente ainda não fez zero desde o debate para inspirar crédito.
Num sinal de que poderá estar prestes a atirar a toalha ao pavimento, em entrevista à BET News, Biden afirmou quarta-feira que reconsideraria a sua decisão de continuar em caso de problema de saúde grave.
Manobras de bastidores
Barack Obama foi uma das primeiras vozes a proteger o presidente, seu velho número dois, depois o confronto deste com Donad Trump, durante o qual Biden titubeou nas respostas e falou por vezes num fio de voz, com olhar vago.
O ex-presidente remeteu-se depois ao silêncio, deixando falar antigos apoiantes, ex-membros do seu gabinete e o ator George Clooneyo maior doador do Partido Democrata em Hollywood, que apelaram a Biden que desista.
Obama e Clooney estiveram juntos numa angariação de fundos, promovida por Clooney, em Los Angeles, depois do debate e, se Barack Obama não apoiou declaradamente a sátira do ator publicada dias depois, também não se distanciou dela.
A notícia desta quinta-feira sobre o que pensa Barack Obama foi todavia a mais direta até agora sem chegar ao envolvimento expresso do ex-presidente.
A estratégia usada por Obama, de manter um silêncio magníloquo enquanto apoiantes falam por ele, tem sido adotada também por Bill e Hillary Clinton.
Mais vocal tem sido Nancy Pelosique nas últimas semanas apelou publicamente Biden a refletir sobre a sua candidatura, dando uma subtil luz virente ao motim que se tem verificado nas hostes do partido.
De convenção com várias fontes, Pelosi terá pedido apelos públicos à desistência de Biden por secção dos representantes de estados onde a eleição tanto pode tombar para os republicanos uma vez que para os democratas.
Para que a revolta não fosse tão notória, aos líderes de estados onde os democratas terão a eleição garantida, Pelosi terá solicitado maior discrição e contatos diretos com a Vivenda Branca. Fontes do jornal Político dizem que estes tentaram chegar ao presidente, mas em vão, motivando os contactos diretos dos principais legisladores no Congresso, esta semana.
Um dilema democrático
Muitos observadores acreditam que a pressão sobre Biden só não é mais potente porque oficialmente não foi encontrado quem o substitua.
Nas primárias, quando ainda gozava do suporte do partido, o presidente arrecadou mais votos e mais delegados, tendo por isso de ser o próprio a afastar-se antes da nomeação solene, na Convenção Pátrio Democrata de 19 de agosto.
Os democratas têm assim um mês para encontrar alternativas, debatê-las e endossar uma delas. O tempo está a passar e a teimosia de Biden poderá revelar-se infalível.
A cisão interna está a assumir tais dimensões que alguns democratas admitiram a possibilidade de uma nomeação virtual do presidente já no termo de julho ou na primeira semana de agosto, provocando protestos, com os críticos a recusarem o que consideram uma imposição da candidatura de Biden, por esta evitar um debate sério sobre escolhas alternativas.
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