Num jogo com vivenda enxurro (2.700 espetadores), a capitã Carole Costa, aos 39 e 90+1 minutos, fez os golos das ‘águias’, ambos na conversão de penáltis, desempatando a paridade conseguida por Lúcia Lobato, aos 85, que deixava a revalidação do título benfiquista em risco.
As ‘águias’ entraram em campo com dois pontos de progresso sobre o rival Sporting e, sabendo que dependiam unicamente de si para ocupar o título, fizeram o que lhe competia para não dependerem do desfecho do conjunto ‘leonino’, que acabou por vencer (2-0) na vivenda do Damaiense, desfecho que não impediu a sarau benfiquista em seguida o final do jogo.
A depender unicamente de si para se sagrar vencedor, o Benfica assumiu o jogo desde o silvo inicial, criando várias ocasiões para inaugurar o marcador. Nos momentos de pressão mais intensa valeu ao Racing Power a atuação da guarda-redes Michaely Bihina.
Kika Narareth, com remates perigosos aos três e 20 minutos, e Chandra Davidson, aos 30, visaram a fronteira adversária, mas não conseguiram desfeitear a camaronesa, que só da marca dos 11 metros viria a permitir que as ‘águias’ chegassem ao golo ainda antes do pausa.
Antes do penálti convertido, aos 39 minutos, pela capitã Carole Costa, que provocou a primeira ‘explosão’ de alegria no Seixal, a árbitra Sara Alves, que assinalou uma infração de Babi sobre Andreia Faria, confirmou a sua decisão inicial, depois de rever o lance por indicação do videoárbitro (VAR).
No reatamento, aos 46 minutos, o Benfica volta a festejar num lance em que Chandra Davidson introduz a globo na fronteira, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo da jogadora ‘encarnada’, depois de Sara Alves consultar o VAR.
Em desvantagem no marcador e sem zero a perder, o Racing Power começou a subir mais no terreno e, num desses momentos, aos 66 minutos, beneficiou de um livre em zona frontal que só não resultou em golo porque o remate de Gerda Konst saiu perto do poste esquerdo da fronteira de Lena Pauels.
Em seguida o aviso, o Racing Power chegou ao golo por intermédio de Lúcia Lobato, aos 85 minutos. Na sequência de um livre muito longe da grande espaço, a resguardo surgiu ao segundo poste e encostou para o golo do empate, que ameaçava a conquista do título pátrio.
A resposta das ‘águias’ não demorou e, depois de uma falta cometida sobre Lúcia Alves no interno da espaço, as anfitriãs dispuseram de um penálti para a voltar adiante do marcador. Aos 90+1 minutos, Carole Costa assumiu a responsabilidade e ‘bisou’ no jogo, dando a vitória e o tetracampeonato às benfiquistas.
Jogo no Benfica Campus, no Seixal.
Benfica – Racing Power, 2-1
Ao pausa: 1-0
Marcadoras:
1-0, Carole Costa, 39 minutos (grande penalidade).
1-1, Lúcia Lobato, 85.
2-1, Carole Costa, 90+1 (grande penalidade).
Equipas:
– Benfica: Lena Pauels, Carole Costa, Ana Seiça, Christy Ucheibe, Lúcia Alves (Catarina Querido, 89), Andreia Norton (Marie Alidou, 77), Kika Nazareth (Pauleta, 90+8), Anna Gasper, Andreia Faria, Nycole Raysla e Chandra Davidson.
(Suplentes: Rute Costa, Catarina Querido, Sílvia Rebelo, Laís Araújo, Paige Almendariz, Pauleta, Marie Alidou, Jéssica Silva e Marta Cintra).
Treinadora: Filipa Patão.
– Racing Power: Michaely Bihina, Babi, Beatriz Rodrigues, Jenna Tivnan (Maria Pinto, 81), Lucia Lobato, Sini Laaksonen, Vanessa Marques (Érica Pontífice, 70), Gerda Konst, Mercy Idoko, Jenny Vetter (Inês Gonçalves, 70) e Evy Pereira (Mariana Campino, 70).
(Suplentes: Irís Silva, Mariana Campino, Beatriz Barreiras, Catarina Realista, Beatriz Sebastião, Sara Pinto, Maria Pinto, Érica Pontífice e Inês Gonçalves).
Treinador: João Marques.
Árbitra: Sara Alves (AF Porto).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Jenna Tivnan (78).
Assistência: 2.700 espetadores.