O bitcoin fixou nesta terça-feira um novo sumo histórico em dólares, superando o recorde de 2021 num movimento que está sendo associado a volumosas entradas de quantia nos fundos ETF que foram aprovados há poucas semanas. Aproximando-se de um novo “reduzir pela metade“, em que o ritmo de produção de novos bitcoins cai para metade, é outro dos fatores apontados pelos especialistas.
O novo sumo histórico do bitcoin, supra de 69.000 dólares, foi fixado esta terça-feira. Cotada em euros, o bitcoin já tinha superado os máximos de 2021 – já que em euros esse recorde era subordinado a 60 milénio euros e nesta temporada o bitcoin já está a ser negociado a mais de 62.500 euros.
Considerado, desde o início, um investimento especulativo e obscuro, o bitcoin poderá ter oferecido no início de janeiro passo de gigante no sentido de se tornar mais “convencional” – não tanto uma vez que uma moeda verdadeira, utilizada para fazer transações no dia a dia, mas uma vez que investimento. Desde o início do ano, o bitcoin disparou mais de 60%, em dólares, e é o ativo financeiro com melhor desempenho em todo o mundo.
Bitcoin passa a ser investimento “mainstream”? A (atribuída) aprovação de um ETF pelo regulador americano
O principal regulador norte-americano dos mercados financeiros aprovou, em janeiro, o primeiro fundo negociado em bolsa (ETF) que vai comprar bitcoins – diretamente – usando o quantia que é investido por esses clientes. “Hoje [10 de janeiro] uma Percentagem [SEC] aprovou a cotação e negociação de um conjunto de ETF de bitcoin à vista”, lê-se no transmitido, acrescentando, no entanto, que “não aprovamos nem apoiamos a bitcoin, pelo que os investidores têm de continuar a ser cautelosos sobre a miríade de riscos associados ao bitcoin e aos produtos das quais valor está vinculado à criptomoeda”.
Desde logo, têm sido globalmente positivos os dados que diariamente experimentamos medir qual é o volume de investimento nestes ETF.
Em termos simples, os ETF são um tipo de instrumento financeiro em que se compra unidades de um fundo que vai replicar a evolução de um índice bolsista, por exemplo, seja um índice diversificado uma vez que o S&P 500 norte-americano ou outros índices mais temáticos uma vez que ações ligadas à perceptibilidade sintético ou às empresas do setor da saúde ou energias renováveis. Quando esse índice sobe, o investidor no ETF ganha, se o índice diminuir, o investidor perde.
O que caracteriza os ETF é que respectivas unidades podem ser facilmente compradas e vendidas entre uns investidores e outros – daí serem negociado em bolsa, ou negociadas em bolsa. E, uma vez que não têm gestão ativa – ou seja, não têm gestores a escolher “a dedo” investir numas ações e não noutras – investir em ETF implica remunerar comissões de gestão muito mais baixas do que, por exemplo, os fundos de investimento. E é sobretudo por essa razão que a popularidade deste tipo de investimento disparou nos últimos anos.
O que passou a ser verosímil, com a aprovação destes ETF ligados ao bitcoin, é que os fundos aprovados pelos reguladores passaram a poder comprar esta criptomoeda (e talvez outras, no horizonte) e, dessa forma, dar aos investidores à bitcoin sem estarem presentes eles a compram diretamente. Os principais gestores de fundos estão criando seus próprios fundos ETF de bitcoin, o que se torna mais fácil para qualquer pessoa entrar neste mercado.
Por outras palavras, qualquer um pode investir em bitcoin (indiretamente) da mesma forma que investir em qualquer índice de ações, usando o seu intermediário financeiro habitual e sem ter de gerar carteiras digitais ou se envolver com plataformas de negociação de criptomoedas – várias das quais têm sido notícias pelas piores razões, uma vez que a Binance e a (extinta) FTX.
O investimento em bitcoin não tem qualquer garantia de reembolso e tem risco de perda totalidade de capital, já que não é abrangido por qualquer tipo de supervisão ou fundo de garantia.
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