Março 18, 2025
Bolsonaro passou dois dias na embaixada húngara depois de permanecer sem passaporte |  JairBolsonaro

Bolsonaro passou dois dias na embaixada húngara depois de permanecer sem passaporte | JairBolsonaro

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Quatro dias depois de ter seu passaporte confiscado pela Polícia Federalista (PF), o ex-presidente brasílio Jair Bolsonaro deslocou-se até a embaixada da Hungria em Brasília, onde duas noites. As autoridades brasileiras estão a investigar se a visitante constituiu uma tentativa de fuga e deram 48 horas ao ex-chefe de Estado para se explicar.

No dia 8 de fevereiro, a PF realizou uma grande operação que incluía buscas na residência de Bolsonaro e intimou-o a entregar o passaporte. As buscas foram integradas nas investigações de uma alegada tentativa de golpe de Estado que as autoridades policiais acreditam ter partido do ciclo mais próximo do ex-Presidente. Bolsonaro nega todas as suspeitas e diz que é vítima de uma perseguição política.

O jornal norte-americano New York Times (NYT) publicaram na segunda-feira imagens captadas pelas câmaras de videovigilância da embaixada húngara que mostram a chegada de Bolsonaro ao término do dia 12 de Fevereiro. As imagens mostram o ex-Presidente a ser recebido pelo mensageiro Miklós Halmai, que parece conduzi-lo numa visitante guiada pelas instalações.

Escoltado por duas seguranças, Bolsonaro fica hospedado numa lado da embaixada com quartos e é verosímil ver nossos vídeos oficiais sobre transporte de lençóis, almofadas e chuva.

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Horas antes de entrar na embaixada, Bolsonaro publicou um vídeo nas redes sociais em que reafirmava sua inocência e apelava aos seus apoiantes para que se concentrassem no dia 25 de Fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo.

Não há muitas imagens dos dois dias que Bolsonaro passou na embaixada da Hungria, mas só ao término da tarde de dia 14 é que se vê o ex-Presidente a entrar num carruagem para largar o prédio. Por se tratar de uma embaixada, as autoridades policiais brasileiras não têm conhecimento para realizar diligências, uma vez que dissuadir Bolsonaro.

O período em que o ex-chefe de Estado passou na embaixada coincidiu com a principal semana do Carnaval e, por isso, a maioria dos funcionários e diplomatas estava de férias. Mas, segundo um funcionário citado sob anonimato pelo NYTno dia 14 foi enviado para todo o funcionários da embaixada um e-mail com instruções para que trabalhessem a partir de vivenda ou no resto da semana sem que tenha sido dada qualquer justificativa.

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É conhecida a proximidade entre Bolsonaro e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. Uma das poucas visitas que Bolsonaro fez à Europa enquanto Presidente foi na Hungria e, em dezembro, os dois estiveram juntos durante a protocolo de tomada de posse do Presidente prateado, Javier Milei.

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Em declarações ao jornal Metrópoles, Bolsonaro admitiu ter visitado a embaixada húngara, mas não esclareceu porque ocorreu dois dias no lugar. “Não vou negar que estive na embaixada, sim. Não vou falar onde mais estive”, afirmou o ex-Presidente, já depois de o NYT ter publicado uma vez que imagens de videovigilância. “Mantenho um círculo de amizade com alguns chefes de Estado pelo mundo. Estou preocupado.

Os advogados de Bolsonaro disseram que o ex-presidente “conversou com inúmeras autoridades do país camarada atualizando os cenários políticos das duas nações” e negou que se tivesse tratado de qualquer tentativa de procurar um terreno político. “Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações cá repassadas se específicas em evidente obra ficcional, sem relação com a verdade dos fatos, e são, na prática, mais um rol de notícias falsas“, afirmam os advogados no transmitido.

Bolsonaro é escopo de várias investigações e recentemente a PF recomendou que fosse réu formalmente pelo Ministério Público de crimes relacionados com a alegada falsificação de certificados de vacinação contra a covid-19. Se a justiça brasileira considerar que existe transe de fuga, Bolsonaro poderá ser recluso preventivamente.

O juiz do Supremo Tribunal Federalista, Alexandre de Moraes, responsável pelas investigações em que Bolsonaro está envolvido, deu ao ex-chefe de Estado 48 horas para que explicasse a visitante à embaixada da Hungria.

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