A gnese de um romance que abalou os valores morais de uma poca
Escrito por uma jovem desconhecida de 18 anos de idade, o romance “Bom Dia, Tristeza” foi descrito uma vez que uma obra-prima de desaforo e crueldade quando foi publicado em 1954. Quem a sua autora, Franoise Sagan, que se diz ter um talento real, mas obsceno? Porquê que captou com tanta preciso a juventude do seu tempo, revelando as aspiraes da gerao do ps-guerra, antecipou a libertao sexual, o termo do protótipo de famlia tradicional, a emancipao feminina, reivindicaes que explodiriam 14 anos depois, a partir dos protestos de Maio de 68?
Atravs de imagens de registo, entrevistas com Franoise Sagan, de quem humor e viveza contrastam com o tom paternalista da poca, excertos do romance, lidos por Catherine Deneuve, e do filme de Otto Preminger, de 1958, com Jean Seberg e David Niven, o documentrio de Priscilla Pizzato revela a gnese e criao do mito de Sagan e relembra esta pedra angular da histria da literatura que abalou os valores morais de uma poca, deu voz juventude e continua a ressoar na sociedade atual.