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Está confirmado: Nuno Borges vai ser o quarto tenista português a disputar uma final no ATP Tour. Depois de Frederico Gil (uma), João Sousa (12) e Pedro Sousa (uma), é a vez do tenista da Maia ter a oportunidade de ocupar um título no mais importante giro profissional de ténis. Borges dominou o prateado Thiago Tirante nas meias-finais do Nordea Open para chegar ao último dia do torneio sueco, onde vai executar um sonho: defrontar Rafael Nadal, que vai disputar a 131.ª final da curso.
Em Bastad, Borges (51.º no ranking) começou por derrotar o italiano Andrea Pellegrino (153.º), por 6-2, 7-6 (7/3), depois de estar a perder por 0-4 no segundo definir. Na segunda ronda, viu o compatriota Henrique Rocha (182.º) liderar por 6-1 e 2-0, antes de vencer, por 1-6, 6-4 e 6-0. Nos quartos-de-final, derrotou o cazaque Timofey Skatov (223.º), por 6-4, 6-3, e, sábado, eliminou, por 6-3, 6-4, Thiago Tirante (121.º) – que, na primeira ronda, tinha superado Jaime Faria.
“Foi muito emocional. Hoje tive que manter-me leal ao meu projecto; sabia que ele não estava no seu melhor, devia estar cansado dos longos encontros da véspera e dos dias anteriores, sabia que tinha uma vantagem aí, mas ainda assim não é fácil jogar com quem não está a século por cento”, explicou o maiato de 27 anos, antes de agradecer ao público sueco: “Obrigado por me ajudarem a vencer os meus demónios e estou orgulhoso por poder jogar o meu melhor na secção final.”
Não definir inicial, Borges cedeu somente três pontos no serviço, todos quando serviu a 4-2, quando teve de salvar um ponto de interrupção. Na segunda partida, o tenista luso voltou a adiantar-se, serviu a 4-3, mas cedeu pela primeira vez o quebrar logo de seguida. Sentindo-se esperançado, Borges assinou o terceiro quebrar a seu obséquio e fechou ao término de 69 minutos.
Para a final de domingo (13 horas de Portugal), Borges espera maiores dificuldades frente a Rafael Nadal, mais também uma motivação extra. “Partilhar o mesmo court com ele, principalmente numa final cá, onde ele já ganhou o torneio, é um sonho tornado veras. Vou tentar disfrutar o sumo enquanto tento jogar o meu melhor”, adiantou.
Será a primeira final de Nadal desde o torneio de Roland-Garros de 2022. O espanhol de 38 anos regressa à final em Bastad em seguida a conquista do troféu sueco em… 2005, em seguida derrotar o croata Duje Ajdukovic (130.º), por 4-6, 6-3 e 6-4, em duas horas, denotando boa quesito física, um dia depois de ter pretérito quatro horas em court para ultrapassar os quartos-de-final.
“É sempre uma boa sensação estar de volta a uma final. Ganhei quatro encontros consecutivos, o que não conseguia há dois anos. Muitas coisas se passaram, mas ainda estou no processo de recuperação, porque perdi muito, porque tive uma cirurgia à anca muito importante, há quase um ano. Não tem sido fácil, mas tenho lutado durante todo o torneio para estar onde estou hoje e penso que encontros uma vez que os de ontem e hoje ajudam-ma a melhorar muito. Estou contente com isso e vamos ver se, amanhã, consigo jogar um pouco melhor”, frisou Nadal.
Esta será a 72.ª final do espanhol em terreno batida, onde conquistou 63 dos seus 92 títulos. Nadal venceu as 17 últimas finais que realizou neste piso, 12 das quais frente a adversários do top 10.
Depois de ter sido derrotado na ronda inicial do torneio de Roland-Garros, por Alexander Zverev, o maiorquino optou por não competir em Wimbledon para se manter em acto sobre a terreno batida, de modo a preparar-se para o torneio olímpico, que tem início em Paris, no dia 27 de Julho. Com esse intuito, Nadal competiu em Bastad também em pares, ao lado de Casper Ruud, mas desistiram antes de disputar a meia-final.
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