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‘Bosques urbanos’ invadem São Paulo | Imóveis de Valor

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Quem passa pela Avenida Faria Lima, coração financeiro da capital paulista, já notou a presença de um novo “gigante espelhado” na paisagem. Mas, o prédio não é igual a seus vizinhos. Com 16 andares e centena metros de profundidade, ele tem feito muita gente parar, esfregar os olhos e perguntar: há ali uma minifloresta correndo em lesma por toda a frontispício? Sim, é exatamente isso.

A ousadia tem nome e sobrenome: Bosco Corporate, geração do escritório aflalo/gasperini arquitetos para o Grupo 4M. São verdadeiros bosques suspensos — de 110 metros quadrados cada — que sobem pela frontispício até o topo. O projeto é o exemplo mais recente de uma “vaga virente” que tem invadido o mercado imobiliário paulistano nos últimos anos: projetos corporativos, comerciais ou residenciais em que a reconexão com a natureza é a grande atração.

“Esse projeto estabelece um novo padrão no segmento corporativo da cidade e mostra até onde é verosímil chegar com a integração da arquitetura e do virente”, afirma Grazzieli Gomes Rocha, sócia-diretora no escritório de arquitetura.

Com inauguração prevista para outubro e preço de locação estimado em R$ 330 por metro quadro, a torre única tem lajes de 850 metros e pé-direito de 4,68 metros. A superfície dos bosques têm o duplo dessa profundidade para suportar o desenvolvimento das árvores, que foram amarradas com cabos e correntes emborrachadas para prometer segurança, mesmo em caso de ventos fortes. Os jardins, conectados entre si, permitem circunvalar por todo o prédio. “A sensação de ter um brenha procedente em plena Faria Lima é mágica”, diz Grazzieli.

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Praça central do Edifício Floresta: conforto térmico, apelo estético e novo lar de passarinhos na Vila Ipojuca — Foto: IDEA!ZARVOS/DIVULGAÇÃO
Terreiro medial do Prédio Floresta: conforto térmico, apelo estético e novo lar de passarinhos na Vila Ipojuca — Foto: IDEA!ZARVOS/DIVULGAÇÃO

O projeto paisagístico é da Soma Arquitetura em parceria com o estúdio Cardim. “Esse é um projeto único no mundo, que faz a restauração ecológica da vegetação nativa, usando espécies similares às que existiam ali há 300 anos”, afirma Ricardo Cardim.

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José Luiz Brenna, da Soma, diz que o mercado paulistano tem demandado um volume cada vez maior de empreendimentos com árvores e vegetação adultas. “Projetos assim têm aumentado a tamanho arbórea nos bairros, mudando positivamente a paisagem na cidade”, avalia.

Essa vaga virente em São Paulo é ainda mais possante no segmento residencial. Um dos expoentes dessa tendência é a Torre Mata Atlântica, com arquitetura de Jean Nouvel e do escritório Triptyque, na Cidade Matarazzo. Em todos os andares da torre, foram plantados jardins com 147 árvores típicas do bioma que batiza o prédio, além de 93 arbustos cultivados em vasos que ficam nos terraços. À medida que crescem, as vegetação vão tomando todo o exterior do prédio.

Na Vila Ipojuca, Zona Oeste da capital, a Idea!Zarvos entregará em agosto o Prédio Floresta, dividido em dois blocos de dez andares, que tem porquê destaque as floreiras nas fachadas e uma rossio medial de 611 metros quadrados, toda arborizada.

Detalhe da fachada tomada pelas plantas na Torre Mata Atlântica — Foto: RODRIGO FONSECA/DIVULGAÇÃO
Pormenor da frontispício tomada pelas vegetação na Torre Mata Atlântica — Foto: RODRIGO FONSECA/DIVULGAÇÃO

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“O resultado será feérico, tanto para quem vê da rua quanto para quem vai morar lá. Para uma cidade tão hostil, projetos assim representam um ânimo visual e até místico”, comenta Otavio Zarvos, CEO e fundador da incorporadora.

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O noção é do escritório MMBB, com paisagismo de Rodrigo Oliveira. “Criamos uma mata nativa na laje sobre a garagem que ocupa o subsolo. Ela vai ajudar a reter a chuva da chuva, a reduzir a temperatura do entorno e ainda abrigará uma fauna para combater pragas urbanas”, explica Oliveira.

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Para Ricardo Cardim, a tendência propõe um novo jeito de habitar o espaço urbano, trazendo uma proposta de horizonte mais saudável para quem vive em São Paulo. “Imagine se todos os prédios da cidade tivessem esse noção. Talvez a capital voltasse a ter garoa, porquê nossos avós diziam subsistir antes de a cidade ter se tornado tão desértica.”

Núcleo de compras tem quintal no telhado

Canteiros no terraço do Shopping Parque da Cidade produzem hortaliças e temperos

Horta orgânica no telhado do shopping também gera conforto térmico e reduz consumo de energia — Foto: PARQUE DA CIDADE/DIVULGAÇÃO
Horto orgânica no telhado do shopping também gera conforto térmico e reduz consumo de força — Foto: PARQUE DA CIDADE/DIVULGAÇÃO

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Inaugurado em 2019, o Shopping Parque da Cidade, dentro do multíplice multiúso de mesmo nome na Zona Sul, consolidou-se porquê opção de compras e lazer tanto para o público corporativo, que frequenta os escritórios nas torres vizinhas, quanto para famílias que vivem na região.

Mas muitos não sabem que no telhado do shopping, de três milénio metros quadrados, existe uma quintal orgânica farta e muito cuidada, produzindo hortaliças, porquê alface e rúcula, além de temperos: tomilho, manjericão, coentro e outros.

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“A teoria original era de uma superfície virente para gerar conforto térmico e reduzir o consumo de força elétrica do meio de compras. Depois, percebemos que era verosímil ir além. Hoje colhemos murado de quatro milénio vegetais por ano”, diz Neliana Pucci, gerente de Marketing do Parque da Cidade.

O canteiro perene é mantido em parceria com a ONG Sítio Sampa. Segmento dos mantimentos é distribuída entre os funcionários, e outra é vendida em uma feira organizada às quintas-feiras nas dependências do shopping.

“A adesão tem sido incrível, principalmente de quem mora na vizinhança. Para muitos, dá uma sensação de bem-estar consumir produtos saudáveis e que foram cultivados no sítio que elas frequentam todos os dias”, resume Neliana.

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