Março 20, 2025
Buscas da PSP ao FC Porto: milhares de bilhetes apreendidos e 13 arguidos | Justiça

Buscas da PSP ao FC Porto: milhares de bilhetes apreendidos e 13 arguidos | Justiça

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Foi o próprio Futebol Clube do Porto que revelou na manhã deste domingo, através de um expedido publicado no seu site solene, que estava a ser mira de buscas. “O Futebol Clube do Porto informa que estão a decurso buscas numa das participadas do grupo, a Porto Mercantil, e na loja do Associado no Estádio do Dragão, e desde já compromete-se a prestar todo e qualquer espeque às autoridades no desenrolar das suas diligências”, lia-se no expedido do clube.

Manancial solene da PSP confirmou que, de facto, as buscas começaram às 7h e estavam relacionadas com uma diploma extraída da Operação Pretoriano que levou à detenção, a 31 de Janeiro, de Fernando Madureira, o líder da claque dos Super Dragões.

A mesma natividade referiu que as buscas abrangiam vários locais nos concelhos do Porto, Vila Novidade de Gaia e Matosinhos e que as diligências foram ordenadas pelo Ministério Público (MP) e pelo juiz de instrução criminal, estando a ser executadas pela Separação de Investigação Criminal da PSP do Porto, com o espeque operacional de várias valências daquela polícia, inclusivamente da sua Unidade Próprio de Polícia (UEP).

A operação, denominada Bilhete Dourado, visou a realização de 14 mandados de procura domiciliária e quatro mandados de procura não domiciliária. Entre os alvos estiveram vários elementos da família de Fernando Madureira, que está em prisão preventiva, nomeadamente, os sogros, pais da mulher Sandra Madureira, a filha Catarina Madureira, assim porquê outros elementos ligados ao Grupo Porto, entre eles Rui Lousa, gestor da Porto Mercantil, e Cátia Guedes, funcionária da loja do Associado que lidera a operação de emissão de bilhetes, e Fernando Saul, solene de relação aos adeptos. Outra das buscadas foi Maria Júlia Silva, bisavó de Catarina, cuja presença junto ao contentor dos Super Dragões para ajudar a bisneta na venda de bilhetes para os jogos do FC Porto foi detectada pela PSP.

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Em justificação está a suspeita de um esquema criminoso, “altamente rentável” relacionado com a distribuição e venda da bilhética associada ao Futebol Clube de Porto, envolvendo funcionários do clube e de vários elementos que integram um dos seus Grupos Organizados de Adeptos, nomeadamente os Super Dragões, de quem líder, Fernando Madureira, era o principal beneficiário. O MP suspeita que levante esquema contribuiu para um alegado enriquecimento ilícito da família Madureira, não só à custa do património do FC Porto, mas também do Estado, mas que é espargido e aceite no seio do clube porque funcionava porquê “moeda de troca” pelo espeque dos Super Dragões.

Com Fernando Madureira represado, a venda dos ingressos de jogos terá pretérito a ser liderada pela filha Catarina que contava com o espeque dos avós, pais da mãe, Sandra Madureira, assim porquê de outros familiares.

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O MP suspeita que o esquema contava o espeque de Fernando Saúl e Cátia Guedes e outros funcionários, que permitiam que Fernando Madureira ficasse com os bilhetes e com o numerário da venda dos mesmos. Os bilhetes que iam parar mãos de Madureira e que depois eram vendidos no mercado preto eram destinados à claque, mas também para uso individual de funcionários dos “recursos humanos”, “sócios atletas”, e “relações públicas”.Há também a suspeita de que eram criadas casas do FC Porto sem sede física, somente para obtenção de bilhetes e revenda de convites.

De combinação com a mesma natividade da PSP, “foi recolhida prova da suspeita de crimes de distribuição e venda de títulos de ingresso falsos ou irregulares/distribuição e venda irregulares de títulos de ingresso previstos na Lei 39/2009, de 30 de Julho (regime jurídico da segurança e combate ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espectáculos desportivos) e de doesto de crédito qualificado”.

A PSP constituiu 13 arguidos e apreendeu muro de 4 milénio bilhetes de vários jogos do FCP, 44 510 euros em numerário, uma tocha, diversa documentação relacionada com a venda e distribuição ilícito de bilhetes, diversos equipamentos informáticos e telefónicos, várias máquinas fotográficas com conjuntos de objectivas e 323 cartões de sócio dos Super Dragões. Entre os arguidos está Catarina Madureira filha do Líder dos Super Dragões.

Apreendidos bilhetes para o jogo com o Boavista

Durante a tarde, a Associação Super Dragões divulgou um expedido na sua página solene, no Facebook, onde informa que,” em função de notícias trazidas a público relativas a diligências judiciais levadas a cabo na manhã do dia de hoje, foram apreendidos bilhetes para o jogo Futebol Clube do Porto – Boavista (20h30, Estádio do Dragão) que resultam da realização do Protocolo vigente com o Futebol Clube do Porto, conforme documento de conhecimento público e disponível no lugar na rede Internet da Associação para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD)”.

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Clube diz que estão a “decurso buscas numa das participadas do grupo, a Porto Mercantil, e na loja do Associado no Estádio do Dragão”
Nelson Garrido

De combinação com a Associação Super Dragões, “face às circunstâncias, não sendo provável apurar quais os bilhetes já entregues a grupos e/ou núcleos, foi solicitado ao Futebol Clube do Porto o estorno e cancelamento de todos os ingressos emitidos ao abrigo do referido Protocolo”. “Seguramente serão prestados os devidos esclarecimentos quanto ao procedimento a usar quanto à restituição dos ingressos já entregues e cancelados”, sublinha a associação, que lamenta “o sucedido”, acrescentando que “é a primeira vez na história que a bancada não estará preenchida”.

“Estamos plenamente convictos que tudo será esclarecido em sede própria”, lê-se.

Estas não são as primeiras buscas realizadas pela polícia levante ano relacionadas com o FC Porto. A 31 de Janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas — incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira —, no contextura da Operação Pretorianoque investiga os incidentes verificados numa reunião universal extraordinária do clube.

Em justificação estão crimes de ofensa à integridade física no contextura de espectáculo desportivo ou em facto relacionado com o maravilha desportivo, coacção e ameaço agravada, instigação pública a um delito, lançadura de objectos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação. O Ministério Público sustenta que a claque dos Super Dragões pretendeu “gerar um clima de intimidação e terror”, para que fosse aprovada a revisão estatutária “do interesse” da portanto direcção “azul e branca”, liderada por Pinto da Costa.

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Na semana passada, o Tribunal de Instrução Criminal do Porto decidiu manter em prisão preventiva Fernando Madureira, líder da claque dos Super Dragões, e Hugo Carneiro, espargido por “Polaco”, no contextura deste caso.

Novo presidente do clube ainda sem chegada à SAD

A presidência do clube mudou de mãos recentemente. Mais de 42 anos depois, Pinto da Costa perdeu as eleições e deu lugar a André Villas-Boas. A lista liderada por Villas-Boas conseguiu uma vitória expressiva nas eleições de 27 de Abril, amealhando muro de 80,3% dos votos. Levante acto eleitoral foi o mais participado na história do FC Porto, com 26.876 associados a colocarem o voto em urna. O recorde de 1988 (10.700 sócios) foi mais do que geminado, com os sócios portistas a mostrarem claramente a vontade de mudança.

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Apesar dessa vitória, Villas-Boas ainda tomou posse somente presidente do clube e não da SAD do FC Porto. Terá de esperar pelo menos 21 dias até que se realize a reunião universal de accionistas, que entretanto foi marcada para o dia 28 de Maio. Depois desta aprovação, Villas-Boas será presidente com plenas funções.

No oração de tomada de posse, a 7 de Maio, Villas-Boas não esqueceu o “braço-de-ferro” que trava com a direcção liderada por Pinto da Costa. O novo presidente luta pelo chegada em tempo útil aos dossiers fundamentais na vida do clube, mas tem encontrado resistência dos administradores da SAD — que se recusam a estugar o processo. “Não poderia deixar de terminar levante oração sem fazer um apelo ao bom tino da gestão da SAD do FC Porto! A vossa repúdio não seria não considerada um acto de fuga, mas, sim, um acto sublime que vos elevaria”, reiterou André Villas-Boas.

Fonte

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