Membro do Núcleo de Investigação em Justiça e Governação da Universidade do Minho, Carlos Abreu Amorim, de 60 anos, conhece muito os corredores de São Bento. Vai agora ser secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
Uma vez que vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata, ganhou protagonismo pelo seu estilo militar. Entrou quando Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro, em 2011, e removeu-se das lideranças parlamentares sete anos depois de ter chegado a São Bento, em 2018, em choque com Rui Rio quando oriente sucedeu à liderança do PSD. Tinha bem Santana Lopes na disputa para o incumbência.
Pelo meio foi candidato à Câmara Municipal de Gaia, mas perdeu a corrida para o PS, não tendo reforçado o lugar de vereador. Habituado a usar uma linguagem possante, foi criticado quando, na qualidade de partidário do Futebol Clube do Porto, resolveu concorrer em 2013 aos benfiquistas de magrebinos. “Magrebinos: curvem-se perante a glória do grande dragão!”, escreveu em sua conta na rede social X, o velho Twitter.
E embora ultimamente tenha estado mais sumido, não tenha perdido de tudo a sua verve. A propósito do incidente recente relacionado com a eleição do presidente do Parlamento, escreveu no Facebook que o “menino valentão” André Ventura disse ter oferecido instruções ao seu grupo parlamentar para votar em Aguiar Branco. Já a governança socialista mereceu-lhe há dias num debate televisivo o epíteto de “miserável”.
Depois de ter integrado a percentagem de interrogatório que investigou o termo do Grupo Espírito Santo e do BES, revelou que mudou de forma porquê via a economia: “Já não sou um liberal. O Estado tem de ter força”.
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