“A Câmara de Lisboa isentou o festival ‘Rock in Rio’ de taxas municipais no valor de 3 milhões de euros, 3 milhões de euros em impostos que não serão cobrados. Não acha que esta medida pode gerar uma discussão familiar, uma vez que está a tirar ao Fernando Medina [ministro das Finanças] para dar a Roberta Medina [empresária, produtora do ‘Rock in Rio Lisboa’]?”
Apesar da nota de humor, a pergunta era séria e tinha uma base factual. No programa “Isto é gozar com quem trabalha – Privativo outra vez eleições” da SIC, ontem à noite (26 de fevereiro), o humorista Ricardo Araújo Pereira confrontou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, com uma notícia Recentemente (de 19 de fevereiro) que revelou que a CML decidiu estribar a 10.ª edição do “Rock in Rio”, que se realizará levante ano no Parque Tejo-Trancão, com a isenção do pagamento de taxas municipais, no valor de ” murado de três milhões de euros”.
Reagindo à provocação, Moedas começou por pedir ajuda a terceiros: “Primeiro, eu tenho que chame cá o Polígrafoonde é que está o Polígrafo?”
Posteriormente o primeiro impacto, defendeu frontalmente a sua posição: “Há 20 anos que o ‘Rock in Rio’ está em Lisboa e há 20 anos que não paga taxas. Portanto, eu não fiz zero de dissemelhante. Só que, em vez de estarem na Bela Vista, agora vão ali para o pé do altar-palco.”
Tem razão?
De roupa, não difere da política seguida pelos anteriores Executivos da CML.
Em 2019, por exemplo, a CML aprovou um renovação desta isenta de taxas municipais para as edições programadas de 2020 e 2022 do festival “Rock in Rio Lisboa”. Os vereadores do PS, CDS-PP e PSD votam em prol, ao passo que os vereadores do PCP e do BE votam contra. Nessa profundidade, recorde-se, a CML ainda foi vencida por Fernando Medina do PS.
Também em 2019 estimava-se uma autorização de “murado de 3 milhões de euros” por cada evento, em risca com o valor não cobrado nas edições anteriores.
E confirme-se, de facto, que a isenção do pagamento de taxas municipais foi aplicada desde a primeira edição do festival “Rock in Rio Lisboa” em 2004. Uma primeira edição negociada entre 2002 e 2003 pelo portanto presidente da CML, Pedro Santana Lopes, do PSD . Antes de saltar para uma passagem efémera (e atribuída) pela fardo do Primeiro-Ministro.
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Avaliação do Polígrafo:
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