Tradição que é Patrimônio Cultural Impalpável da Humanidade pela UNESCO desde dezembro de 2019 passa de geração para geração
Lisboa, 10 fev 2024 (Ecclesia) – O fundador da Associação dos Caretos de Podence (Macedo de Cavaleiros), António Carneiro, considera que o entrudo naquela localidade transmontana é “um ícone de Trás-os-Montes e de Portugal” e que em seguida o reconhecimento da UNESCO uma vez que Património Cultural Impalpável da Humanidade a influência tem “sido maior”.
“Estas coisas, tal uma vez que os CTT vão que lançar três selos alusivos aos Caretos de Podence é uma mais valia também para a marca Caretos de Podence que consegue ser um ícone de Trás-os-Montes, mas também de Portugal”, disse à Sucursal ECLESIA António Carneiro
O presidente daquela associação desde 2002 confirmou que aquela tradição “é familiar” e que passa “de geração em geração” porque sempre cresceu naquele envolvente e já tem um rebento que é careto”.
Isto é uma marcha de ano para ano e esse é “o nosso propósito e o objetivo é que esta tradição passe de geração em geração”, frisou.
O sigilo é “uma paixão muito grande por esta tradição” e, se tal não acontecersse, os caretos de Podence “não continham a visibilidade que têm hoje na atualidade”.
Naquela povoação transmontana, com murado de 200 habitantes, a comunidade “sempre acarinhou esta tradição que se perde no tempo”, por isso o presidente da associação sente “orgulho” nos Caretos de Podence.
Muitos filhos da terreno emigraram para a França, Suíça e Espanha, e na profundeza do carnaval a população aumenta o duplo porque “querem ter a vivência “de ser careto por três ou quatro dias”.
A tradição dos caretos de Podence esteve quase extinta, todavia, em 1985, “saem pela primeira vez do seu habitat oriundo e vão a Coimbra, e é levante o início também desta marcha”, sublinhou António Carneiro
O ano de 2004 também foi um “marco importante com a geração da Morada do Careto, um espaço temático da tradição dos Caretos de Podence, e que recebe visitantes todo o ano, e com grande influência, em seguida o reconhecimento da UNESCO”, disse.
Um espaço com preocupações educativas e inseridas no projecto de segurança da UNESCO.
“É esta instrução que vai permitir também perpetuar a tradição e incutir nos mais novos levante bichinho” e neste contexto realiza-se, no sábado de carnaval, “o desfile dos facanitos”.
Naquela localidade transmontana existe uma oficina onde se fazem trajes e máscaras, uma forma de preservação daquela tradição.
“Trás-os-Montes é uma zona completamente despovoada, as aldeias têm cada vez menos gente, precisávamos de muitos eventos, uma vez que o entrudo chocalheiro para trazer gente cá ao território, isso é que seria importante e contribuiria para que as pessoas se fixassem mais ”, completa.
LS/LFS