Com o objetivo de resolver o conflito salarial que se vive na Carris, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) convocou os trabalhadores da empresa para uma reunião universal.
O diferendo entre o sindicato e a governo da Carris resulta da repudiação, por secção do primeiro, da proposta de aumento de 60 euros na tábua salarial e de 58 cêntimos no subvenção de repasto. Esta posição foi tomada antes de a Câmara Municipal de Lisboa propalar o relatório de contas da Carris. Contrariamente às estimativas iniciais, os lucros da empresa em 2023 ascenderam a 9,5 milhões de euros, ultrapassando significativamente os 1,4 milhões de euros previstos.
Leste excedente inesperado intensificou os apelos a uma reavaliação dos ajustamentos salariais propostos. “Não há qualquer justificação para que o Juízo de Gestão não reveja esta proposta e corresponda à urgência de um aumento real dos salários”, afirmou o STRUP-FECTRANS em enviado.
Já os trabalhadores dos Transportes Sul do Tejo (TST) estiveram quinta-feira em greve, com uma adesão que dizem ser “esmagadora”.
“Foram muitíssimo poucos os autocarros da TST que circularam hoje, porque a adesão foi quase totalidade, traduzida depois numa potente participação no plenário que se realizou nos Bombeiros de Cacilhas, não cabendo no auditório para onde inicialmente estava marcado”, pode ler-se no enviado publicado esta quinta-feira.
Os trabalhadores reunidos em plenário aprovaram a prolongamento das negociações com a governo, sublinhando a urgência de uma evolução sucoso da proposta da empresa. Foi unanimemente acordado que, caso não se concretizem alterações significativas, voltarão a mobilizar-se para uma greve no dia 28 de maio.