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“Nem as casas como a de Famalicão, Espinho e Marco de Canaveses quero que hipocritamente vão homenagear quem traíram”, escreveu Pinto da Costa em seu livro, ‘Azul até ao fim’, na parte em que revela as pessoas que quer e não quer que estiverem presentes no seu funeral. Nesta terça-feira, por meio de um comunicado compartilhado nas redes sociais, a Casa do FC Porto de Espinho e seu presidente, António Coutinho, responderam ao ex-presidente do FC Porto, tanto a essa quanto a outras passagens do referido livro. Assumindo a “perplexidade e indignação” com que tomaram conhecimento das passagens do livro em que são citados e acusados de traição, aquela Casa e seu presidente devolvem: “Não é verdade que, como lá se escreve, esta Casa tenha traído Pinto da Costa por estar ‘do lado de André Villas-Boas'”.
Leia, agora, o comunicado na íntegra:
“A Casa do Futebol Clube do Porto de Espinho e seu Presidente, António Coutinho, tomaram conhecimento, com perplexidade e indignação, das declarações falsas sobre si produzidas pelo ex-Presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, em seu livro publicado hoje, ‘Azul até o fim’.
Com efeito, não é verdade que, como lá se escreve, esta Casa tenha ‘traído’ Pinto da Costa por estar ‘do lado de André Villas-Boas’. A Casa do FC Porto de Espinho fez questão de manter, como the competia, uma rigorosa neutralidade relativamente às três listas candidatas às eleições, no pretérito mês de abril, para a direção do FCPorto e a administração da SAD do Clube, pelo que acolheu e promoveu em sua sede social, em igualdade de condições e com idêntico interesse, sessões de campanha eleitoral dos três cabeças de chapa e candidatos a Presidente do FCPorto, um dos quais Pinto da Costa.
Também não é verdade o que mais afirma o ex-Presidente do FC Porto no seu livro, que no jantar havido no mês de abril no Casino de Espinho comemorativo, em simultâneo, dos 25 anos desta Casa do FC Porto e dos 42 anos de Pinto da Costa como Presidente do nosso Clube, todos naquele jantar, alegadamente nele presentes apenas ‘por minha efeméride’ nas palavras de Pinto da Costa no livro, o tivessem recebido ‘de forma efusiva’, o que é exato, mas em contraste com ‘os elementos da Casa de Espinho [que] me recebiam friamente ou evitavam’. Ao contrário, foi esta Casa, organizadora desse jantar, que teve a iniciativa de sugerir ao FC Porto, e para homenagem a Pinto da Costa, fazer coincidir, como veio a suceder, a data de celebração dos seus 25 anos com o aniversário dos 42 anos de Pinto da Costa como Presidente do Clube.
Pois o então ainda Presidente, assim como toda sua comitiva, foi recebido neste jantar da Casa e por todos os responsáveis por esta com o maior entusiasmo, expressado em especial no discurso do Presidente da Casa, Antônio Coutinho, que destacou a importância histórica de Pinto da Costa para a grandeza do nosso Clube. Pelo que, mais do que uma mentira, é uma calúnia que não podemos deixar de repudiar feita a esta Casa e ao seu Presidente afirmar, como faz Pinto da Costa no livro, que ‘nos discursos, o presidente da Casa, António Coutinho, ignorou totalmente a minha pessoa e o evento que lhe encheu a sala’ (não obstante esse evento que encheu a sala com sócios da Casa não ter sido o aniversário dos 42 anos da presidência de Pinto da Costa mas os 25 anos da própria Casa).
Abstemo-nos de tecer considerações sobre os motivos dessas ignóbeis falsidades de Pinto da Costa. Quisemos tão somente repor, contra essa ignomínia, o bom nome desta Casa e de seu Presidente.”
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