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A série negativa do Casa Pia na Liga – três rodadas sem vencer – terminou na noite desta sexta-feira, contra o Nacional (1 a 0).
Em um primeiro tempo desmotivador, os anfitriões levaram a vantagem em um raro momento de domínio. Depois, e apesar do segundo tempo desequilibrado, revelaram cinismo para garantir os três pontos.
Neste encontro da nona rodada – e na sequência da terceira rodada da Taça de Portugal – João Pereira devolveu Sequeira ao gol, além de apostar em Zolotic, Geraldes e Svensson.
Por sua vez, Tiago Margarido operou sete trocas, depois da derrota na Taça diante a U. Leiria. Além do goleiro Lucas França, Garcia, José Gomes, Penha, Matheus Dias, Luís Esteves e Nigel Thomas também retomaram a titularidade.
Recorde o filme desta partida.
O cenário desolador nas arquibancadas contagiou a ação no gramado. Pelo menos, parecia, já que a primeira oportunidade veio aos 21 minutos, de Nigel Thomas. Aproveitando a apatia dos «Gansos», os insulares ensaiavam contra-ataques pragmáticos.
Enquanto isso, no camarote, cumprindo suspensão, João Pereira, timoneiro do Casa Pia, se fazia ouvir em todo o estádio, tais os gritos disparados, na esperança de animar seus pupilos e ajustar a estratégia. E foi ouvido.
Depois de Nuno Moreira ameaçar o gol à lei da bomba, aos 36m, o meia deu assistência para o 1 a 0. O cronômetro marcava 39 minutos, quando um escanteio cobrado pela esquerda encontrou a cabeça de Kluivert.
Como tantas vezes viu o pai fazer, Ruben – zagueiro – se antecipou aos zagueiros, cabeceou de cima para baixo e estreou na Liga.
Assim, quase sem brilho, o Casa Pia aproveitou a leve ascendência para castigar um momento de apatia dos comandados de Tiago Margarido.
Madeirenses de mira errática
A mensagem no intervalo teria sido clara nas hostes insulares: avançar, chutar e conter. E essa frase poderia servir de súmula para o segundo tempo.
O Nacional aplicou 16 finalizações, sendo quatro enquadradas e com perigo, mas sem engenho para contrariar a muralha defensiva liderada por Patrick Sequeira.
O guardião costarriquenho frustrou os madeirenses, que também devem reclamar da própria ineficácia. Isso porque Isaac, Zé Vítor, Penha, Matheus Dias e José Gomes protagonizaram ótimas oportunidades.
O derradeiro apito veio aos 90+9m, para delírio de João Pereira, no camarote, com os punhos cerrados. Depois de dois empates e uma derrota, os «Gansos» retomaram a via dos triunfos no campeonato.
Assim, o Casa Pia ascendeu ao oitavo posto, com 11 pontos. Segue-se a visita ao Rio Ave (12º), na tarde de 2 de novembro (sábado, 15h30).
Uma vez que Ricardo Batista foi expulso, por protestos, o experiente guarda-redes – esta época suplente – é baixa confirmada para a visita a Vila do Conde.
Quanto ao Nacional, o revés agravou o momento dos madeirenses, há quatro rodadas sem vencer. No 17º e penúltimo posto, com cinco pontos, e ainda que igualados com o Estrela (16º), os ilhéus poderão cair para a lanterna no desfecho desta rodada.
Na terça-feira (20h15), o Nacional jogará em Alvalade, pelas quartas de final da Taça da Liga. Depois, no dia 4 de novembro (segunda-feira, 20h15), receberão o rival insular, o Santa Clara (4º).
A Figura: Sequeira e um jovem resistente
O guardião da Casa Pia brilhou, principalmente no segundo tempo, quando revelou instintos felinos. Aos 25 anos, e no oitavo jogo pelos «Gansos», ele segue acumulando créditos, se mostrando crucial quando as ordens de João Pereira apontam para sacrifício e sofrimento.
Agora, a segunda menção é inevitável. A cada jogo do Casa Pia em Rio Maior, há uma voz que se distingue, de um jovem anônimo. Do primeiro ao derradeiro minuto, esse torcedor berra por seu clube – repetindo incessantemente «Casa…Pia!» – com uma capacidade vocal notável. Nem João Pereira aguentou gritar tantos minutos.
Este é, sublinhe-se, um raro adepto fervoroso dos «Gansos», o que, inevitavelmente, torna o estádio em Rio Maior num palco nada atraente para os espectadores e pouco motivador para os atletas.
Mais / menos: acordamos na segunda parte
O crescimento do Nacional na etapa complementar, pressionando de forma adiantada, animou um encontro, até ao intervalo, gelado.
Mas, desta partida fica a ideia de um Casa Pia dedicado a «mínimos» e um Nacional para lá de ansioso. Por isso, os madeirenses foram erráticos, em momentos cruciais, cedendo o gol perto do intervalo e desperdiçando inúmeras oportunidades.
Tiago Margarido tem uma tarefa muito complicada pela frente, principalmente se Estrela, Farense, Estoril e Boavista somarem pontos nesta nona rodada. Este é um treinador talentoso, em busca de elevar um elenco curto para o contexto da Liga.
Quanto a João Pereira, mais berros e puxões de orelha na linha lateral podem acordar alguns pupilos, esta noite completamente desaparecidos.
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