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Rubén e Graciela estavam hospedados ao lado do Apart Hotel Dubrovnik, localizado na cidade de Villa Gesell, na Argentina, há três meses, desde que vieram da Espanha para visitar um de seus três filhos. O casal quase não escapou com vida do desabamento do edifício, que caiu sobre a cozinha e outras áreas do imóvel onde estavam. Pouco antes da tragédia, eles deixaram o local com apenas o que vestiam, seus passaportes e as passagens de volta para a Espanha.
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Uma decisão mínima poderia ter sido fatal para o casal, disse Rubén ao jornal argentino La Nacion.
— Ela perguntou se eu queria um café e, dessa vez, disse que não. Se tivéssemos ido para a cozinha, não estaríamos falando sobre isso — relata.
Rubén e Graciela estavam hospedados em um apartamento do imóvel ao lado do Apart Hotel Dubrovnik, que desabou sobre a construção vizinha.
“Vivos, estamos vivos”, Rubén repetia para a esposa, Graciela, ao ver que, diante deles, tudo o que tinham era uma montanha de escombros de mais de seis metros de altura e uma nuvem de poeira que levou mais de meia hora para se dissipar.
Os restos do prédio de dez andares literalmente partiram ao meio o complexo de dois andares e térreo onde estavam hospedados.
O Alfio 1 é um prédio baixo localizado no lote norte, ao lado imediato do Apart Hotel Dubrovnik. No mesmo complexo, estava Federico Ciocchini, de 84 anos, encontrado sem vida na manhã desta terça-feira; sua esposa, María Josefa, de 79 anos, foi encontrada a poucos metros, com fraturas em ambos os braços. Haviam chegado no fim de semana e por poucas horas: queriam preparar o apartamento para alugá-lo durante a temporada.
Graciela insiste que ainda tem as imagens “aqui” – e aponta para os olhos – de como os escombros se acumularam. “Primeiro senti como se fossem batidas, e minha primeira sensação foi que estavam tentando nos roubar ou arrombar a porta do vizinho”, detalhou sobre os primeiros sons, que, segundo ela, culminaram em uma explosão.
O que veio em seguida foi aquela sensação de angústia, contrastada com uma respiração profunda que os assegurava estarem vivos, sãos e salvos. Um de seus filhos, que tem um restaurante a 200 metros, também na Avenida 3, correu para encontrá-los. Aos gritos, pediu para abrirem, mas eles não conseguiam abrir a porta, muito menos sair. Bombeiros já estavam no local e, com escadas e lanternas, os resgataram pela janela do segundo andar.
— Eu só consegui pegar os passaportes e as passagens, porque já temos o voo de volta — comenta sobre o retorno programado à Espanha, onde residem e de onde vieram para um dos encontros familiares frequentes com o filho que permanece por essas praias.
Eles já dão como perdido o apartamento que tinham no segundo andar. Talvez todo o edifício, porque os danos estruturais são enormes, e restará determinar se é possível repará-lo ou se será condenado a uma demolição controlada.
Como vizinhos, eles reconhecem que as obras no Apart Hotel Dubrovnik eram notórias. “De manhã até muito tarde se ouviam barulhos de batidas”, comentam sobre os ruídos que vinham de dentro e, em determinado momento, da fachada, onde lembram que, com marretas, demoliam partes enquanto repunham ou reparavam as janelas que cercam a estrutura mais baixa na frente do lote, a única que ficou em pé.
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