Março 19, 2025
Catarina Martins com Fernando Rosas, que regressou ao Possante de Peniche. “Os fascismos que queriam libertar os povos acabaram a torturar” – Observador

Catarina Martins com Fernando Rosas, que regressou ao Possante de Peniche. “Os fascismos que queriam libertar os povos acabaram a torturar” – Observador

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A cabeça-de-lista do Conjunto de Esquerda aproveitou a deixa para voltar ao tema que tem atravessado toda a campanha — a resguardo da culpa palestiniana e a colagem da extrema-direita europeia (incluindo André Ventura) aos regimes de Vladimir Putin e de Benjamin Netanyahu.

Catarina Martins repetiu as acusações lançadas no comício do dia anterior, concretamente quando se referiu a Marine Le Pen porquê a “amiga de André Ventura” que, na instalação do seu partido, recebeu mais de nove milhões de euros de financiamento de Vladimir Putin. “Todos estes partidos [da extrema-direita europeia, que alinham no grupo Identidade e Democracia, como o Chega] estão ligados pelo financiamento de Vladimir Putin. São Putin na Europa”, atacou a bloquista.

Falando ao lado de Fernando Rosas, Catarina Martins também lamentou que em tempos tenha existido um projeto para transformar o possante de Peniche num hotel. “Felizmente, não foi assim, porque houve quem se levantasse contra essa teoria. Hoje, é um museu que nos mostra o que foi o fascismo, o que foi a violência da ditadura em Portugal e também o que foi a coragem da luta anti-fascista, a resistência, fazer a revolução”, destacou. “Essa memória é extremamente importante para fazermos escolhas sobre o nosso país, a Europa e o mundo.”

Também a partir do Possante de Peniche, Catarina Martins voltou a disparar contra Israel, reiterando a teoria de que “a opinião pública é a maior superpotência” que pode travar Israel e voltando a combater o Governo da AD por não reconhecer a Palestina porquê estado. “A posição do Governo português é insuportável. Expressar que não se reconhece a Palestina porque ainda é cedo, não sei se estão à espera que esteja toda a gente morta ou exilada para finalmente reconhecerem o estado da Palestina. A esmagadora maioria dos países do mundo já reconheceram”, destacou Catarina Martins.

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“Na Europa é preciso fazer esse caminho. Há países que o estão a fazer. Portugal tem de o fazer já. É preciso mesmo já posições muito fortes de sanções e embargo a Israel”, assinalou Catarina Martins, acusando a União Europeia de ter “dois pesos e duas medidas” para Israel e Rússia: se, por um lado, sanciona Putin, por outro lado, mantém a cooperação com Israel. Mas, diz Catarina Martins, ambos os regimes são agressores e invasores. Isto significa, de pacto com a cabeça-de-lista do Conjunto de Esquerda, a “descredibilização completa da UE a nível internacional”.

“Uma vez que é que os outros países vão respeitar a UE porquê um espaço que foi criado para que o recta internacional fosse cumprido, contra crimes de guerra, contra genocídios, se depois há dois pesos e duas medidas?”, questionou.

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De Peniche a frota de Catarina Martins seguiu para o Entroncamento, onde a candidata almoçou com um grupo de murado de meia centena de apoiantes. A cabeça-de-lista do Conjunto fez exclusivamente um oração breve, no qual repetiu aquilo que já tinha dito em Peniche e voltou a atirar contra André Ventura e o Chega — acusando-o de ser “camarada” dos regimes de Israel e da Rússia.

Do Entroncamento, a frota do Conjunto de Esquerda subiu até Coimbra, para um comício que juntou murado de uma centena de apoiantes no Parque Manuel Braga, nas margens do Mondego. Nos discursos do comício, Catarina Martins foi acompanhada por Anabela Rodrigues (a número três da lista do Conjunto) e pela coordenadora do partido, Mariana Mortágua, que se juntou para desferir fortes ataques em simultâneo ao PS e à AD.

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A coordenadora do partido recorreu à crise na saúde para se voltar contra o executivo de Luís Montenegro (a propósito do projecto de emergência apresentado na quarta-feira), mas também contra o PS, que lança porquê candidata às europeias Marta Temido (a ministra que Mortágua acusa de ter degradado o SNS).

Mortágua acusou o executivo de Luís Montenegro de estar, “de forma temeroso”, a “enterrar e concluir com o SNS”, aproveitando um “erro crasso” da governação socialista. A líder bloquista recordou que o BE apoiou as respostas urgentes da Covid-19. “Mas não perdoamos ao PS — e Marta Temido foi ministra — uma guerra contra os profissionais”, acusou Mariana Mortágua, lembrando os muitos médicos e enfermeiros que saíram de Portugal.

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