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O partido de André Ventura quer esclarecimentos sobre as declarações do ministro da Resguardo, que sugeriu que jovens que cometam pequenos delitos sejam enviados para as forças armadas. Também a IL já pediu a audição de Nuno Melo.
ANDRÉ KOSTERS/LUSA
No requerimento apresentado no Parlamento, a que a SIC teve aproximação, o partido de André Ventura expressa “profunda preocupação” com a sugestão feita por Nuno Melo.
Para o Chega, a proposta em motivo revela “uma visão simplista e redutora” dos problemas sociais e criminais e ignora “os princípios fundamentais que regem as Forças Armadas e o serviço militar”.
“É imperativo questionar a eficiência e a moral de utilizar o serviço militar e as Forças Armadas, uma instituição basilar da Resguardo Pátrio e de representação da soberania do Estado, porquê meio de restauração social”, alega o Chega, no requerimento.
O partido considera que o serviço militar “não deve ser visto porquê um mecanismo punitivo ou recíproco ao sistema de justiça juvenil”.
Para o Chega, a proposta de Nuno Melo levanta também “sérias questões sobre segurançatanto para os jovens envolvidos quanto para os membros das Forças Armadas”.
“A integração de indivíduos com histórico de delinquência, sem um processo adequado de avaliação e comitiva, pode comprometer a coesão, a moral e a eficiência operacional das unidades militares”, sustenta o grupo parlamentar do Chega.
O partido de André Ventura conclui, por isso, que Nuno Melo deve ir, com urgência, à Câmara da República “prestar esclarecimentos sobre esta proposta, suas implicações e os estudos ou análises que a sustentam”.