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Começa hoje em Paris o julgamento de Gerard Depardieu, acusado de ter agredido sexualmente duas mulheres. O ator francês não irá comparecer no tribunal por motivos de saúde.
Começa esta segunda-feira, em Paris, o julgamento do ator francês Gérard Depardieu por alegadas agressões sexuais a duas mulheres durante a rodagem de um filme.
Depardieu, 75 anos, que anteriormente negou qualquer irregularidade, é acusado de usar “violência, coerção, surpresa ou ameaça” na alegada agressão, que os procuradores disseram ter ocorrido no cenário do filme As venezianas verdes.
Foi anunciado que Depardieu não comparecerá ao tribunal devido a motivos de saúde.
Os procuradores afirmam que, em ambos os casos, as vítimas relataram que o ator as prendeu entre as suas pernas e lhes apalpou as nádegas, os órgãos genitais, o peito e os seios por cima das roupas.
Uma das vítimas foi identificada como sendo uma designer de produção de 53 anos. Três pessoas testemunharam a agressão, segundo o Ministério Público, confirmando que a mulher tentou libertar-se do aperto de Depardieu e que parecia “chocada”.
Após o incidente, foi combinado que Depardieu pediria desculpas. Mas em uma entrevista na televisão transmitida no sábado, ela disse que o ator estava furioso e que a culpava por causar problemas. Os promotores afirmaram que as testemunhas confirmaram que as palavras de Depardieu não constituíam um pedido de desculpas.
Jérémie Assous, advogado de Depardieu, disse à AP que “as testemunhas e as provas que (Depardieu) apresentará demonstrarão que ele é alvo de falsas acusações”.
Ainda não se sabe quando o tribunal vai se pronunciar. Se condenado, ele pode ser preso por um período máximo de cinco anos.
O julgamento ocorre em um momento em que a França continua a lidar com a violência sexual, na sequência do movimento #MeToo.
Apesar das acusações contra Depardieu, muitos apoiaram-noincluindo o presidente francês Emmanuel Macron.
Macron descreveu o ator como “o orgulho da França”, um comentário que provocou uma resposta por parte de ativistas que afirmaram que ele estava a minar os esforços para proteger as mulheres da violência.
No final do ano passado, 56 artistas, escritores e produtores franceses publicaram um ensaio em defesa da estrela de cinema, afirmando que quando “Gérard Depardieu é visado desta forma, é a arte (do cinema) que está a ser atacada”.
O apelo veio apenas algumas semanas depois que a emissora nacional France 2 publicou um documentário com acusações de má conduta sexual de 16 mulheres contra Depardieu, e mostrou o ator fazendo comentários e gestos obscenos durante uma viagem à Coreia do Norte em 2018.
Em 2021, ele foi acusado de estupro e agressão sexual depois que as autoridades reviveram uma investigação de 2018 que havia sido inicialmente arquivada, na sequência de alegações da atriz Charlotte Arnould.
Em uma carta aberta publicada no jornal Le Figaro, Depardieu disse no ano passado: “Nunca, jamais abusei de uma mulher”.
Grupos feministas convocaram um protesto em frente ao tribunal antes das audiências de segunda-feira.
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