No terceiro escalão do futebol português, a estampa física de Merih Demiral podia fazer a diferença em qualquer zona do campo. O treinador do Alcanenense, José Torcato, lamentava não ter mais dez jogadores assim. Se possuísse tais recursos, estaria a competir pelos lugares de topo nos escalões profissionais.
Demiral já tinha muitos dons, só não o da omnipresença. José Torcato colocou-o a jogar porquê defesa-direito contra o Torreense (de Stephen Eustáquio, mas não só). O extremo que teria que marcar era Hélio Vaz, um dos melhores da posição a atuar no Campeonato de Portugal. O turco, poderoso na marcação, molhou a sopa pouco depois do primeiro sibilar do louvado. Aos dois minutos, o reconhecido atacante estava a trocar de posição para evitar que o duelo se repetisse.
“Era intratável.” José Torcato era (e ainda é) treinador e, simultaneamente, presidente do Alcanenense, emblema que hoje em dia se encontra a disputar a distrital de Santarém. Merih Demiral era um jogador de 18 anos vindo do Fenerbahçe, internacional jovem pela Turquia, que trazia consigo um preparador físico próprio.