Março 21, 2025
“Deveria abster-se”: oposição critica vinda de Ursula von der Leyen a Portugal

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Europeias 2024

PAN, Chega, e IL questionaram e criticaram a decisão de a AD invitar a presidente da Percentagem Europeia para a campanha eleitoral para as europeias. Von der Leyen estará ao lado de Sebastião Bugalho numa ação de campanha, na próxima semana.

A presença de Ursula Von der Leyen, presidente da Percentagem Europeia (CE), na campanha da Confederação Democrática (AD) fez tanger um coro de críticas na oposição. O cabeça de lista da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, diz que, neste momento, a presidente da CE é uma figura questionável. A porta-voz do PAN considera que Von der Leyen se devia sustar de participar nas campanhas e André Ventura entende que a líder europeia representa tudo o que o Chega combate.

A pouco mais de uma semana das eleições, a campanha em Portugal vai ter a participação de nomes de peso da política europeia. Além de Nicolas Schmit, comissário europeu, que se vai juntar ao PS, também Ursula Von der Leyen vai estar na próxima quinta-feira em Portugal para a campanha da AD. A presidente da Percentagem Europeia vai estar ao lado de Sebastião Bugalho numa ação de campanha no Porto, no próximo dia 6 de junho.

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O cabeça-de-lista dos sociais-democratas garantiu que von der Leyen pode relatar com o voto do partido para a reeleição porquê presidente da Percentagem Europeia. Mas desafiou Marta Temido e o PS a clarificar se vai ou não concordar essa candidatura.

“Ursula Von der Leyen representa tudo o que nós combatemos na UE”

André Ventura afirmou na quinta-feira que Ursula von der Leyen “representa tudo” o que o seu partido combate e que “sente um conforto de não ter estas pessoas na campanha”.

“Ursula Von der Leyen representa tudo o que nós combatemos na União Europeia, desde a gestão desastrosa que a União Europeia teve durante a covid-19 e que está a ser investigada pela procuradoria universal europeia, com contratos ora fraudulentos ora com suspeitas de ramal de moeda grave, e em que a própria Ursula von der Leyen recusou revelar mensagens que tinha trocado com farmacêuticas importantes no contextura desta investigação”, afirmou.

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O líder do Chega falava aos jornalistas no arranque da visitante a uma feira em Elvas, região de Portalegre, no contextura da campanha para as eleições europeias.

“Ursula von der Leyen representa duas coisas que nós nunca aceitaremos, a imigração descontrolada que bateu à porta da Europa e de que ela é um dos principais rostos, a par da ex-chanceler alemã Angela Merkel, e uma enorme incapacidade de combater a prevaricação”, salientou.

“É uma pessoa que esteve envolvida numa série de questões”

João Cotrim Figueiredo, cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) às europeias, duvida que a presença da presidente da Percentagem Europeia, Ursula von der Leyen, na campanha da AD seja um “trunfo eleitoral” oferecido “não ter uma imagem particularmente positiva” junto dos portugueses.

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Na opinião do cabeça de lista da IL, Von der Leyen não tem “uma imagem muito positiva” porque, nesta profundidade, “o seu préstimo e valor eleitoral é questionável”.

“É uma pessoa que esteve envolvida numa série de questões ao longo deste seu procuração”, ressalvou.

João Cotrim de Figueiredo assumiu não concordar a recandidatura de Ursula von der Leyen, mas a decisão dependerá das alternativas.

“Não [apoio] mas no pretérito os liberais já não o fizeram e acabaram, depois, por dar o esteio porque era uma escolha entre uma opção Von der Leyen e uma pior que Von der Leyen, portanto, eu também não posso proferir que no termo das negociações, que vão ter lugar a seguir às eleições europeias, não se possa passar alguma coisa parecido”, sublinhou.

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Ursula von der Leyen deveria “abster-se das campanhas ao nível dos Estados-membros”

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, por sua vez afirmou que Ursula von der Leyen “é indissociável da sua qualidade de presidente” pelo que entende que a mesma deveria “abster-se das campanhas ao nível dos Estados-membros”.

Acusou ainda a líder de querer o “retrocesso do regime do lobo europeu” unicamente por “vingança pessoal”.

Com Lusa

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