Europeias 2024
PAN, Chega, e IL questionaram e criticaram a decisão de a AD invitar a presidente da Percentagem Europeia para a campanha eleitoral para as europeias. Von der Leyen estará ao lado de Sebastião Bugalho numa ação de campanha, na próxima semana.
A presença de Ursula Von der Leyen, presidente da Percentagem Europeia (CE), na campanha da Confederação Democrática (AD) fez tanger um coro de críticas na oposição. O cabeça de lista da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, diz que, neste momento, a presidente da CE é uma figura questionável. A porta-voz do PAN considera que Von der Leyen se devia sustar de participar nas campanhas e André Ventura entende que a líder europeia representa tudo o que o Chega combate.
A pouco mais de uma semana das eleições, a campanha em Portugal vai ter a participação de nomes de peso da política europeia. Além de Nicolas Schmit, comissário europeu, que se vai juntar ao PS, também Ursula Von der Leyen vai estar na próxima quinta-feira em Portugal para a campanha da AD. A presidente da Percentagem Europeia vai estar ao lado de Sebastião Bugalho numa ação de campanha no Porto, no próximo dia 6 de junho.
O cabeça-de-lista dos sociais-democratas garantiu que von der Leyen pode relatar com o voto do partido para a reeleição porquê presidente da Percentagem Europeia. Mas desafiou Marta Temido e o PS a clarificar se vai ou não concordar essa candidatura.
“Ursula Von der Leyen representa tudo o que nós combatemos na UE”
André Ventura afirmou na quinta-feira que Ursula von der Leyen “representa tudo” o que o seu partido combate e que “sente um conforto de não ter estas pessoas na campanha”.
“Ursula Von der Leyen representa tudo o que nós combatemos na União Europeia, desde a gestão desastrosa que a União Europeia teve durante a covid-19 e que está a ser investigada pela procuradoria universal europeia, com contratos ora fraudulentos ora com suspeitas de ramal de moeda grave, e em que a própria Ursula von der Leyen recusou revelar mensagens que tinha trocado com farmacêuticas importantes no contextura desta investigação”, afirmou.
O líder do Chega falava aos jornalistas no arranque da visitante a uma feira em Elvas, região de Portalegre, no contextura da campanha para as eleições europeias.
“Ursula von der Leyen representa duas coisas que nós nunca aceitaremos, a imigração descontrolada que bateu à porta da Europa e de que ela é um dos principais rostos, a par da ex-chanceler alemã Angela Merkel, e uma enorme incapacidade de combater a prevaricação”, salientou.
“É uma pessoa que esteve envolvida numa série de questões”
João Cotrim Figueiredo, cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) às europeias, duvida que a presença da presidente da Percentagem Europeia, Ursula von der Leyen, na campanha da AD seja um “trunfo eleitoral” oferecido “não ter uma imagem particularmente positiva” junto dos portugueses.
Na opinião do cabeça de lista da IL, Von der Leyen não tem “uma imagem muito positiva” porque, nesta profundidade, “o seu préstimo e valor eleitoral é questionável”.
“É uma pessoa que esteve envolvida numa série de questões ao longo deste seu procuração”, ressalvou.
João Cotrim de Figueiredo assumiu não concordar a recandidatura de Ursula von der Leyen, mas a decisão dependerá das alternativas.
“Não [apoio] mas no pretérito os liberais já não o fizeram e acabaram, depois, por dar o esteio porque era uma escolha entre uma opção Von der Leyen e uma pior que Von der Leyen, portanto, eu também não posso proferir que no termo das negociações, que vão ter lugar a seguir às eleições europeias, não se possa passar alguma coisa parecido”, sublinhou.
Ursula von der Leyen deveria “abster-se das campanhas ao nível dos Estados-membros”
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, por sua vez afirmou que Ursula von der Leyen “é indissociável da sua qualidade de presidente” pelo que entende que a mesma deveria “abster-se das campanhas ao nível dos Estados-membros”.
Acusou ainda a líder de querer o “retrocesso do regime do lobo europeu” unicamente por “vingança pessoal”.
Com Lusa