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Eleições nos EUA
Opinião
Opinião de Germano Almeida. A candidata democrata lidera a última sondagem por quatro pontos de vantagem os três estados mais decisivos entre todos os estados que vão decidir esta eleição.
1 – Kamala rushera o “momentum”
A primeira sondagem já com o efeito Tim Walz é muito animadora para a campanha democrata. Kamala lidera por quatro pontos de vantagem os três estados mais decisivos entre todos os estados que vão decidir esta eleição: 50/46 na Pensilvânia, Michigan e Wisconsin. Curiosamente, os três estados onde Kamala e Walz arrancaram, nas primeiras 24 horas, o tour pelos estados decisivos.
A tese de que Walz ajuda a mobilizar a base democrata parece estar a confirmar-se. Se esta tendência se mantiver, as contas democratas para a vitória ficam simples: basta fixar estes números e não perder qualquer estado habitualmente democrata para que Kamala venha mesmo a ser a próxima Presidente dos EUA.
Estes dados, a pouco mais de uma semana do arranque da Convenção Democrata de Chicago, abrem espaço para se pensar numa vantagem sólida de Kamala pelo final de agosto. Mas depois vêm os debates. E a qualquer momento virá mais alguma surpresa significativa. É só esperar.
2 – “Se a culpa é minha eu ponho-a em quem eu quiser”
A frase é de Homer Simpson e bem que podia ser a versão animada de Donald Trump, certo? A lógica é parecida. “Donald Trump é o primeiro Presidente do meu tempo de vida que não tenta unir o povo americano — nem sequer finge que o tenta fazer. Em vez disso, ele tenta dividir. Estamos a testemunhar as consequências de três anos desse esforço deliberado. Estamos a testemunhar as consequências de três anos sem uma liderança madura.
As palavras “Equal Justice Under Law”, que os manifestantes repetem nas ruas, são precisamente aquelas que estão escritas no pavimento do Supremo Tribunal dos EUA. Donald Trump põe os americanos uns contra os outros e constitui uma ameaça à Constituição dos EUA”, apontava o General Jim Mattis, Secretário da Defesa dos EUA nos primeiros dois anos da Administração Trump.
Donald Trump é um extremista sonso – agride e depois diz que não agrediu. Insulta e depois diz que não insultou. Atira a pedra e esconde a mão. Vai, com essa ambiguidade, energizando a sua base branca, que se assusta com o crescimento das minorias e pende para um racismo mais ou menos assumido.
Corteja, sem assumir, uma ala supremacista branca em ascensão desde 2016. Mas nunca descura a possibilidade eleitoral de beneficiar de votos de pessoas menos atentas a questões retóricas e apenas olham para o dinheiro que têm na carteira. Não é “ideologia”. É mesmo só obsessão por conseguir ser reeleito. Daron Acemoglu, na “Foreign Affairs”, identifica o “deslaçar da Democracia americana”: “Os países falham do mesmo modo que os negócios: primeiro lenta e gradualmente, depois subitamente”.
Uma interrogação: Como vão lidar os congressistas republicanos com a previsível insistência de Donald Trump e JD Vance na irresponsabilidade de dizer que a eleição será “fraudulenta”, sem que haja qualquer evidência disso?
Um estado: Alasca
- Resultado em 2020: Trump 52,8%-Biden 42,8%
- Resultado em 2016: Trump 51,3%-Hillary 36,6%
- Resultado em 2012: Romney 54,8%-Obama 40,8%
- Resultado em 2008: McCain 59,4%-Obama 37,9%
- Resultado em 2004: Bush 61,2%- Kerry 27,7%
(nas últimas 13 eleições presidenciais, 13 vitórias republicanas)
— O Alasca tem 735 mil habitantes (é o maior estado em território e o menor em população): 36,8% brancos, 15,6% nativos americanos, índios ou nativos-alasca, 7,3% hispânicos, 3,7% negros, 6,5% asiáticos; 47,9% mulheres. É o 48.º estado em população, o 48.º em PIB.
- Vale 3 votos no colégio eleitoral
Uma sondagem:
MICHIGAN: Kamala 50-Trump 46
WISCONSIN: Horrível 50-Trump 46
PENSILVÂNIA: Kamala 50-Trump 46
(NYT/Siena, 5 a 9 de agosto)
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