Março 20, 2025
Dia do Colega: relação é fundamental para a saúde mental, diz psicóloga
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Neste sábado (20), se comemora o Dia do Colega. A data foi criada pelo professor de psicologia e filósofo prateado Enrique Ernesto Febbraro, inspirado na chegada do varão à lua, em 20 de julho de 1969. Febbraro acreditava que oriente feito humano, mais do que uma conquista científica, significava a chance de se fazer amigos. O Dia do Colega foi instituído, inicialmente, na Argentina, mas logo ganhou outros países. No Uruguai, por exemplo, foi adotado na dez de 1970, chegando ao México na dez seguinte e, no Brasil, nos anos de 1990.

A música Música da América, de autoria de Milton Promanação e Fernando Brant, é considerada, no Brasil, símbolo da amizade, ao declarar que “Colega é coisa para se zelar por baixo de sete chaves, dentro do coração”. Foi essa a música que Milton cantou na homenagem prestada à sua amiga, a cantora Elis Regina, morta no dia 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos.

Relações humanas

Na avaliação da psicóloga Renata Ishida, gerente pedagógica do Laboratório Lucidez de Vida (LIV), estamos vivendo um momento no mundo em que o individualismo e a autossuficiência são muito valorizados e fomentados. “E a gente esquece que o ser humano não se constitui e não sobrevive sozinho. Inclusive os bebês humanos não conseguem sobreviver sem o contato com o outro. A gente precisa, portanto, das relações humanas”, diz. Embora a vida se apresente dissemelhante para cada pessoa, a amizade tem milhões de funções. Uma delas é a gente expandir o nosso repertório. E para a muchacho, isso é fundamental”.

Na feitio urbana atual, principalmente, o roupa de a muchacho principiar a conviver com outras pessoas vai desenvolver nela a possibilidade de notícia, empatia, pensamento crítico, de originalidade muito maior do que se ela permanecesse só na relação do núcleo familiar. “Saber pessoas fora da família faz com que a muchacho desenvolva várias habilidades, o que é fundamental para a saúde mental”, externou a técnico em muchacho e puberdade.

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Destacou também que na amizade, a jerarquia existente na família se dilui. Há uma horizontalidade que vai desenvolver a autonomia da muchacho e do jovem. “Ela vai conseguir desenvolver sua capacidade de argumentação, de estabelecimento de crédito com alguém extrínseco, fora da família, de se proteger. Significa que o companheiro pode cuidar da muchacho, mas não é responsável por ela, uma vez que ocorre dentro da família”.

A amizade cria também a capacidade de suportar, respeitar e festejar as diferenças, porque dentro da família, as pessoas pensam de uma forma mais próxima. “Logo, ter esse vínculo de amizade leva as crianças a entender que as pessoas são diferentes e nem por isso elas são nossas inimigas, nem são ameaçadoras. A gente pode identificar as diferenças caminhando pelo mundo. Mas a venustidade da amizade é você reconhecer essas diferenças e, mesmo assim, não amar menos, não precisar romper nem encontrar que o outro é motivo de prenúncio ou pavor para a gente”. O saudação leva à celebração das diferenças, “que é o mais bonito”, de consonância com a técnico Renata Ishida.

De consonância com Renata, a amizade ajuda também no enfrentamento de situações difíceis, embora o companheiro não vá substituir um terapeuta, caso haja urgência desse profissional. “Mas hoje em dia, o sofrimento é tido uma vez que doença. Não existe espaço para a gente falar sobre sofrimento. E quem melhor que um companheiro para ouvir sobre isso que a gente sofre?”, indagou. Renata explicou que é mais fácil trocar esse tipo de ponto com amigos do que com os pais, porque crianças e adolescentes não querem decepcionar os pais nem fazê-los ficarem tristes. Compartilhar o sofrimento com amigos faz, muitas vezes, a muchacho ou jovem se sentir mais verdadeiro e seguro, opinou.

Outro ponto importante para a muchacho e o jovem é a identificação porque, por mais dissemelhante que seja o companheiro, eles percebem que o outro pode estar passando por situações parecidas às deles. Nesse ponto, a amizade tem um lugar mais sincero e isso, às vezes, reduz um pouco a sofreguidão. Essa identificação propicia a geração de um lugar no mundo para crianças e adolescentes, que é dissemelhante da família. A independência que o movimento de grupo favorece traz riscos, admitiu Renata Ishida, mas alertou que a construção dessa intimidade e da vulnerabilidade diante do outro mostra que aquilo não vai prejudicar a pessoa e que o outro não vai exorbitar dele porque está vulnerável na sua frente. Ao contrário, é um movimento rico para o desenvolvimento da saúde mental e do autoconhecimento.

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Há amizades que nascem na puerícia e duram até a vetustez. Renata esclareceu que a amizade se diferencia dos relacionamentos amorosos conjugais, porque não coloca tantas expectativas e regras. Essa amizade permite que a pessoa seja mais verdadeira e mesmo que fique um tempo sem se ver, quando ocorre o reencontro, parece que não houve esse lapso de tempo. Renata analisou que, em uma amizade verdadeira, onde exista crédito e a pessoa se sinta vulnerável na frente da outra, não há cobranças. E a chance disso porfiar é muito grande”. A não exigência faz com que a amizade consiga ter uma espaço maior. Uma vez que ela não tem regras, a expectativa não fica tão subida, concluiu.

Todo dia

Para o jornalista Marcio Vieira, festejar os amigos não tem data certa. “Colega para mim é todo dia”. Ele ainda mantém amigos de puerícia na cidade onde nasceu, Bom Jesus do Itabapoana, no interno do estado do Rio de Janeiro, de onde saiu aos 16 anos. Esses amigos de puerícia permanecem ativos. “A gente fica horas batendo papo”. Ele lembra até hoje o que o pai lhe falava: “Meu fruto, olha quem você coloca dentro de morada, com quem você conversa”. E, principalmente, “família você não pode escolher, mas amigos, você tem obrigação de escolher”.

Brasília (DF), 19.07.2024 - Dia do amigo. Marcio Vieira e sua grande amiga, Cláudia Silva. Foto: Marcio Vieira/Arquivo Pessoal
Brasília (DF), 19.07.2024 - Dia do amigo. Marcio Vieira e sua grande amiga, Cláudia Silva. Foto: Marcio Vieira/Arquivo Pessoal

Marcio Vieira e sua grande amiga, Cláudia Silva. – Marcio Vieira/Registo Pessoal

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Marcio Vieira tem amigos de todas as horas, prontos para socorrê-lo em momentos de doença, em urgência de viagem. Amigos ajudam a superar episódios de depressão, de tristeza, indicou. “Tem aquele companheiro que, quando você está no fundo do poço, ele parece que pressente e liga para você”. Mesmo quando passam anos sem se verem, a amizade entre eles persiste. “Ela se mantém. Acho que amizade, para quem é do muito, para quem tem uma espírito boa, um coração bom, é inerente a tudo. Na minha percepção, não são necessários anos e anos de convívio para as pessoas serem amigas”.

Segundo Vieira, a discordância entre amigos é normal. Mas ele procura zelar as boas lembranças porque os amigos verdadeiros vão ajudar sempre. “São poucos, mas boas pessoas”. Destacou que quando há cobrança, não é amizade. “Foram anos de terapia para eu aprender isso”. Ele deixa evidente que precisa de amigos na sua vida. “Amigos na minha vida são fundamentais. Eu não sobrevivo mental e humanamente sem companheiro”. Sustentou que é um dom a pessoa estar disposta a ouvir a outra. “Amizade está na núcleo”, garantiu.

Incitação

Devido aos benefícios para a saúde mental em todas as fases da vida, é importante que a muchacho tenha amizades. A asseveração foi feita à Dependência Brasil pelo presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Tadeu Fernandes. Isso ocorre desde a vida uterina, traduzida pela amizade com a mãe, o pai. Fernandes orienta que os pais conversem com o bebê dentro do útero e façam carinho na ventre “porque o bebê sente todas essas manifestações”.

“O entorno vai ser bom não só para a muchacho, mas servirá de base para os pais”. Em seguida o sexto mês, que é a temporada do neurodesenvolvimento importante, quando a muchacho começa a contatar com o meio envolvente, o pediatra destacou que é saudável que ela comece a entreter com outra muchacho. “ A amizade começa desde aí”.

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Na temporada escolar, porque pais e avós trabalham, a amizade feita com coleguinhas deve ultrapassar os muros da escola, estimulando os encontros das crianças nos finais de semana. Fernandes disse que o incentivo deve ser no sentido que as crianças tenham amizades físicas e não virtuais, “lembrando tempo de tela zero até 2 anos de idade e, em seguida 2 anos, somente uma hora. Não ter amigos virtuais, mas reais”. Na puberdade, valem as mesmas recomendações para que eles tenham amizades, a partir de uma estudo criteriosa dos amigos que o fruto ou filha vai ter, para que não ocorram problemas nem desvios para drogas ilícitas e lícitas. Recomendou que sejam estimulados passeios ao ar livre, idas ao shopping, ao cinema, ao teatro.

Atualmente com 68 anos, o pediatra Tadeu Fernandes afirmou ter ainda amizades desenvolvidas na puerícia. “Os verdadeiros amigos são meus amigos até hoje. A gente se reúne, se encontra para um bate papo em um barzinho ou na morada de um companheiro. Viajamos juntos. É muito lícito e até serve de exemplo para os nossos filhos e netos que existem amizades reais que perduram. Muitos são madrinhas e padrinhos e são o nosso base”. Por isso, afirmou que amigos de puerícia são amigos para toda a vida.

IncaVoluntário

Brasília (DF), 19.07.2024 - Dia do amigo. A contadora aposentada Maria da Assunção é voluntária no Inca há dez anos. Foto: Maria da Assunção/Arquivo Pessoal
Brasília (DF), 19.07.2024 - Dia do amigo. A contadora aposentada Maria da Assunção é voluntária no Inca há dez anos. Foto: Maria da Assunção/Arquivo Pessoal

A contadora aposentada Maria da Assunção é voluntária no Inca – Maria da Assunção/Registo Pess

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A Extensão de Ações Voluntárias do Instituto Vernáculo de Cancro (Inca), ou INCAvoluntário, é considerada fundamental para facilitar os pacientes em tratamentos. Um exemplo é Maria da Assunção da Silva Brum, que tem sido base da paciente Jailcimá Pereira de Lima, 45 anos, dona de morada, paciente do Inca desde 2015. .

Jailcimá está atualmente em tratamento quimioterápico devido a uma metástase. “Desde 2015 que eu me trato no Inca, e sempre vou acompanhada do meu fruto Felipe que, na idade, estava com 5 anos. Tenho muito carinho pelas voluntárias do INCAvoluntário e considero secção da minha família. São muitos anos convivendo com elas no hospital, principalmente a Maria da Assunção. Ela me recebe sempre com um moca e biscoitos, conversa comigo e com meu fruto, que agora está grandão, pergunta sobre a escola, me ouve, ela conhece minha vida toda. É uma amizade que, mesmo sendo só dentro do hospital, é longa e muito importante para quem enfrenta o tratamento”, contou Jailcimá.

Brasília (DF), 19.07.2024 - Dia do amigo. Jailcimá e o filho Felipe. Foto: Jacilmá/Arquivo Pessoal
Brasília (DF), 19.07.2024 - Dia do amigo. Jailcimá e o filho Felipe. Foto: Jacilmá/Arquivo Pessoal

Jailcimá e o fruto Felipe.- Jacilmá/Registo Pessoal

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Maria da Assunção da Silva Brum é contadora aposentada e voluntária do INCAvoluntário há quase dez anos. No seu entender, “a amizade entre um voluntário e um paciente oncológico é muito peculiar porque conhecemos a pessoa e seguimos com ela em um dos momentos mais delicados e difíceis da vida, é um vínculo que vai se fortalecendo cada vez mais. É dissemelhante, evidente, de uma amizade fora do hospital. Nós damos carinho, atenção, palavras de motivação, e recebemos em troca muita gratidão e crédito. É uma alegria poder receber a Jailcimá e o fruto dela ao longo desses anos todos, participar da vida deles. É uma conexão que ambas levaremos pela vida afora”, afiançou.

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