O combate às desigualdades laborais, à falta de suporte à parentalidade ou à pobreza são algumas das lutas que vão marcar as marchas desta sexta-feira em onze cidades do país, quando se assinala o Dia Internacional das Mulheres.
Sexta-feira é dia da VI Greve Feminista Internacional, convocada pela Rede 8 de Março, que organiza também marchas em Aveiro, Barcelos, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Guimarães, Leiria, Lisboa, Porto e Viseu, sob o mote “Feministas em união contra toda a vexação”.
À semelhança dos anos anteriores, um organização espera “dezenas de milhares de pessoas” que vão trespassar à rua para invocar a atenção para as “desigualdades laborais, a precariedade, a falta de suporte à parentalidade, as frágeis condições de habitação, a pobreza e a desigual atribuição dos papéis de género”, refere a Rede 8 de Março, em expedido.
“Protestamos contra a violência doméstica, a violência sexual, a violência obstétrica, o assédio nos espaços públicos e privados em contexto laboral, o sistema de justiça machista, a transfobia, o tráfico de meninas e mulheres, a negação dos direitos sexuais e reprodutivos, o racismo e a xenofobia, entre muitas outras formas de violência de género que se assentam na estrutura básica da nossa sociedade”, acrescenta.
Salienta que o contexto atual é de inflação e aumento de violência contra as mulheres, razões pelas quais entende que é preciso trespassar à rua para exigir o dilatação da rede de casas de abrigo, mais habitação social e mais apoios para as mulheres e crianças vítimas de violência doméstica, muito porquê o término das penas suspensas e da “impunidade” do atacante.
O coletivo pede “penas efetivas para os agressores de qualquer tipo de violência”, a existência de gabinetes de suporte à denúncia de casos de assédio nas universidades e nos locais de trabalho, acautelando penalizações para as empresas que “permitem o assédio moral e sexual” .
Quer “uma política de consciencialização pública para o assédio”, o término do trabalho precário, reviravolta iguais para trabalhos iguais, “o término dos ataques aos direitos de parentalidade e o reforço dos apoios sociais a famílias monoparentais e a mães desempregadas”.
Entre outras tantas exigências, a Rede 8 de Março pede o reconhecimento do valor social do trabalho doméstico e dos cuidadosmais formação sobre inclusão de pessoas LGBTQI+ para profissionais de saúde, o chegada universal e elétrico à interrupção voluntária da gravidez ou o término de todas as violências obstétricas.
Quer também “a correção dos currículos preconceituosos, particularmente das vieses colonialistas”, o recta à autodeterminação dos corpos para todas as pessoas, a ensino sexual inclusiva nas escolas, o término das políticas racistas e colonizantes ou a “autodeterminação dos corpos com multiplicidade funcional”.
“A Greve Feminista Internacional, organizada em Portugal pela Rede 8M, pretende tornar o Dia Internacional da Mulher num dia de luta política, focada nas reivindicações mais importantes das mulheres e na sua plena emancipação”, refere o coletivo.
A Greve Feminista Internacional tem quatro eixos — consumo, trabalho, cuidados e estudantil — e “surge do processo de fala com outros movimentos feministas em países porquê Espanha, Itália e Alemanha”.
A Rede 8 de Março é uma plataforma vernáculo que reúne coletivos, sindicatos e pessoas singulares que se mobilizam para a construção da Greve Internacional Feminista, a 8 de Março, e de outros dados relacionados com a questão da mulher, porquê o 25 de Novembro.
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