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O DIAP Regional do Porto e a PSP estão a realizar buscas ao Estádio do Dragão desde esta manhã. Na origem das buscas realizadas à empresa Porto Mercantil e à Loja do Associado estão suspeitas ligadas à alegada prática de crimes de distribuição e venda de títulos de ingressos para os jogos do FC Porto, a alegada falsificação desses mesmos bilhetes e alegados crimes de afronta de crédito qualificado.
As autoridades emitiram uma diploma da Operação Pretoriano e estão a investigar Fernando Madureira, a sua mulher Sandra e mais quatro elementos dos Super Dragões — que contarão alegadamente com a colaboração de quatro funcionários do FC Porto, um diretor e um gestor do Grupo Porto.
Foram realizadas 13 buscas domiciliárias a vários funcionários do FC Porto, a vários membros da família de Fernando Madureira e de outros elementos dos Super Dragões, muito porquê buscas às sedes dos Super Dragões, da Porto Mercantil e aos postos de trabalho de um gestor, de um diretor e de diversos funcionários do Grupo Porto. De pacto com o Quotidiano de Notícias, foram apreendidos tapume de 3000 bilhetes de vários jogos do FC Porto e ainda 44 400 euros em numerário, muito porquê 320 cartões de sócio da claque Super Dragões.
Operação Pretoriano. Super Dragões suspeitos de ameaçarem idosos de muletas e agredirem mulheres
As autoridades suspeitam que foram desviados fundos em montante avultado dos cofres do FC Porto para responsáveis dos Super Dragões, nomeadamente Fernando Madureira e a sua mulher Sandra.
O interrogatório que deu origem às buscas realizadas em dia de jogo e que já levaram à inquietação de bilhetes e de outra documentação na Porto Mercantil e da Loja do Associado nasceu de uma extração de diploma da Operação Pretoriano — autos que levaram à prisão preventiva de Fernando Madureira e de Hugo ‘Polaco’, líder e membro dos Super Dragões, que foi recentemente renovada.
Ao que o Observador apurou, o facto de vários administradores do Grupo Porto não terem ainda apresentado a repúdio aos seus cargos esteve na origem das buscas judiciais realizadas esta manhã. Os mandados de procura e inquietação de documentos referem explicitamente que as mesmas representam um imperativo da investigação para preservação da prova documental, devido à forma porquê a “efetiva transição de poder” dentro do FC Porto tem sido feita depois as eleições ganhas por André Villas Boas no pretérito mês de abril.
Recorde-se que o novo presidente André Villas Boas fez diversos apelos aos administradores das várias empresas do Grupo Porto, nomeadamente da Porto SAD, que apresentassem a repúdio aos seus cargos, o que não aconteceu.
As suspeitas contra Madureira. “Quem não está com Pinto da Costa vai morrer!”
“O Futebol Clube do Porto informa que estão a discurso buscas numa das participadas do Grupo, a Porto Mercantil, e na loja do Associado no Estádio do Dragão, e desde já compromete-se a prestar todo e qualquer esteio às autoridades no desenrolar das suas diligências”, escreveu no texto disposto no site solene.
“Hoje, pelas 7h, foi, pela Separação de Investigação Criminal da PSP do Porto, desencadeada uma Operação de grande envergadura nos concelhos do Porto, Vila Novidade de Gaia e Matosinhos. As diligências foram ordenadas pelas entidades competentes – Ministério Público e Juiz de Instrução Criminal – e estão a ser executadas com o esteio operacional de várias valências da Polícia de Segurança Pública (PSP), inclusivamente da sua Unidade Próprio de Polícia (UEP)”, anunciou depois a PSP em enviado.
“Esta Operação, denominada de Bilhete Dourado e que teve origem em diploma extraída do interrogatório que levou à Operação Pretoriano, visa a realização de: catorze (14) mandados de procura domiciliária; quatro (4) mandados de procura não domiciliária. Em motivo está a suspeita de um esquema criminoso, relacionado com a distribuição e venda da bilhética associada ao Futebol Clube de Porto, envolvendo funcionários do clube e de vários elementos que integram um dos seus Grupos Organizados de Adeptos”, pormenorizou o mesmo texto da PSP, que dava conta de uma “operação ainda em curso”.
“Foi recolhida prova da suspeita de crimes de: distribuição e venda de títulos de ingresso falsos ou irregulares/distribuição e venda irregulares de títulos de ingresso previstos na Lei 39/2009, de 30 de julho (regime jurídico da segurança e combate ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos) e de afronta de crédito qualificado. Neste momento temos mais de uma dezena de indivíduos constituídos arguidos e a inquietação de milhares de bilhetes e quantias monetárias ainda a apurar”, concluiu.
De recordar que a Porto Mercantil é a sociedade do universo azul e branco que concentra a maior segmento das receitas a todos os níveis não ligados ao futebol (porquê a venda de jogadores ou os prémios por rendimento desportivo em Portugal e na Europa, que entram na SAD). Antes das eleições, os dragões tinham anunciado um pacto a longo prazo com a empresa espanhola Ithaka que, entre os vários pontos que foram explicados em enviado à CMVM, apontava para a geração de uma novidade sociedade com 70% do FC Porto.
À tarde, e perante todas as informações que foram sendo conhecidas, a principal claque do FC Porto, os Super Dragões, comentaram as diligências e deixaram também um pregão para o dérbi com o Boavista.
“A Associação Super Dragões vem pelo presente legar que, em função de notícias trazidas a público relativas a diligências judiciais levadas a cabo na manha do dia de hoje, foram apreendidos bilhetes para o jogo FC Porto-Boavista (20h30, Estádio do Dragão) que resultam da realização do Protocolo vigente com o Futebol Clube do Porto, conforme documento de conhecimento público e disponível no lugar na rede Internet da Associação para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD)”, começou por referir.
“Face às circunstâncias, não sendo verosímil apurar quais os bilhetes já entregues a grupos e/ou núcleos, foi solicitado ao FC Porto o estorno e cancelamento de todos os ingressos emitidos ao abrigo do referido Protocolo. Seguramente serão prestados os devidos esclarecimentos quanto ao procedimento a adotar quanto à reembolso dos ingressos já entregues e cancelados. Não podemos deixar de lamentar o sucedido, sendo a primeira vez na história que a bancada não estará preenchida. Estamos plenamente convictos que tudo será esclarecido em sede própria”, acrescentou o mesmo enviado assinado pela direção do grupo.