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A Digi prefere não fazer comentários diretos às declarações do CEO da Nos sobre a “opacidade” da empresa. Questionado pelas declarações de Miguel Almeida ao Jornal de Negócios, Valentin Popoviciu respondeu que prefere “não comentar o que os concorrentes dizem sobre nós”. Porém, logo em seguida o administrador da operadora romena acrescentou que para a Digi “o que importa é o que fazemos pelos consumidores” e “dá para ver pelo que apresentamos hoje se há opacidade ou não”, atirou.
A operadora romena apresentou nesta segunda-feira sua oferta comercial para Portugal que terá preços “fixos e transparentes” sem serem “baseados em promoções”. E suas ofertas não terão períodos de fidelidade, apenas a tarifa para internet banda larga terá um período mínimo de três meses.
Durante a apresentação, a empresa detalhou que terá ofertas do segmento móvel a partir de R$ 5 até R$ 7. E os clientes poderão fazer os pacotes do seu jeito, não tendo obrigatoriedade de ter telefone fixo.
Os preços vão variar dependendo do pacote construído pelo consumidor mas pode ir de 26 euros com 1GB de fibra, mais 50GB de dados móveis e oferta de televisão com mais 60 canais, na prática os que estavam disponíveis na Nowo. No caso de associar dois números móveis com dados e chamadas ilimitadas sobe para 60 canais.
No entanto, a oferta de televisão paga não terá canais de esporte, como SportTV e Dazn (ex-Eleven Sport), pelo menos por enquanto. Segundo o responsável, estão a ter “dificuldades” devido a negociações que dizem ser “inflexíveis”.
No entanto, a rede da operadora não terá cobertura a 100%. A atual cobertura é de 93% nas tecnologias 2G e 4G e 40% de 5G. No último caso, estão só presentes nas áreas úrbanas.
Um dos motivos para a cobertura ainda não ser 100% tem a ver com o fato de estarem “há um ano aguardando autorização” do metrô de Lisboa para instalar suas infraestruturas, segundo Valentin Popoviciu. Também há munícipios onde ainda não conseguiram instalar rede pelos mesmos motivos.
No mesmo encontro, o gestor garantiu que eles estão em Portugal “para ficar”. “É um investimento duradouro”, reforçou, apontando que já investiram mais de 400 milhões de euros – valor que inclui os 150 milhões da compra da Nowo – e criaram mais de 800 empregos.
A entrada da Digi em Portugal, três anos após ter adquirido licenças 5G, tinha de ser concretizada até o final de novembro de acordo com as regras do leilão.
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