A Dinamarca vai introduzir o recrutamento obrigatório de mulheres para o serviço militar, anunciou esta quarta-feira o Governo Dinamarquês, alegando a urgência de substanciar as Forças Armadas e resolver problemas de resguardo vernáculo.
“Um recrutamento mais robusto, incluindo a plena paridade de género, deve contribuir para resolver os desafios da resguardo, a mobilização vernáculo e o eficiente das nossas forças armadas”, alegou o ministro da Resguardo, Troels Lund Poulsen, numa conferência de prensa citada pelo jornal Político.
A Dinamarca passa a ser o terceiro país da Europa a introduzir o recrutamento feminino obrigatório – depois da Noruega (em 2015) e da Suécia (em 2017) – alterando o sistema hodierno em que as mulheres exclusivamente podiam ser voluntárias para o serviço militar.
O serviço militar na Dinamarca já é obrigatório para homens com mais de 18 anos, que reforcem o Tropa constituído por 7000 a 9000 efectivos, excluindo os recrutas em formação básica.
O Governo anunciou também que vai alargar o período de serviço militar obrigatório de quatro para 11 meses, tanto para mulheres porquê para homens.
Ao mesmo tempo, está previsto um reforço de investimento em sistemas de resguardo aérea, embora o Governo Dinamarquês tenha explicado que isso não significa uma mudança significativa no posicionamento geoestratégico do país.
“Não estamos a rearmar-nos porque queremos guerra, devastação ou sofrimento. Estamos a rearmar-nos para evitar a guerra num mundo em que a ordem internacional está a ser desafiada”, explicou a primeira-ministra dinamarquesa, Mete Frederiksen, que participou na conferência de prensa ao lado do ministro da Resguardo.
A Dinamarca é um dos países membros fundadores da NATO e tem sido um dos aliados europeus mais activos no escora a Kiev na resistência à invasão russa iniciada em Fevereiro de 2022, sendo um dos poucos países que fornecem caças F-16 à Ucrânia.
No ano pretérito, a Dinamarca gastou tapume de 1,4% do Resultado Interno Bruto em resguardo, inferior das metas definidas pela Coligação Atlântica, mas já se comprometeu em aumentar os seus gastos neste setor em 5,4 milénio milhões de euros ao longo dos próximos cinco anos, para atingir esse objectivo.
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