“Não nos enganemos no próximo dia 09. Os direitos fundamentais são para respeitar, os direitos fundamentais não são para fazer campanha, nem são para enganar os portugueses uma vez que Sebastião Bugalho o que quer fazer”, acusou.
Durante o comício de exórdio da campanha para as europeias, que decorreu esta noite em Almada e contou com o secretário-geral do PS, Ana Catarina Mendes lembrou que “o PSD e a direita ridicularizaram a coragem de António Costa”, quando enviou uma epístola à presidente da Percentagem Europeia a solicitar uma resposta europeia em material de habitação.
“O problema da habitação não é unicamente pátrio. O problema da habitação é um problema de todos os europeus”, acrescentou.
Ao longo da sua mediação, perante uma sala enxurro, a candidata a eurodeputada sublinhou que no dia 09 de junho, data em que se realizam as eleições europeias, está também em justificação “saber se há ou não há um retrocesso dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres”
“Com o PS não pode, nem vai sobrevir. A despenalização da interrupção voluntária da gravidez não é uma questão jurídica ou uma questão em que a AD tem uma posição e Sebastião Bugalho tem outra posição”, criticou.
Segundo Ana Catarina Mendes, a despenalização da interrupção voluntária da gravidez é um recta humano.
“É o recta que as mulheres têm a ser respeitadas, numa opção que é difícil, mas que têm que tomar. É mal nós respeitamos as mulheres”, indicou.
Já a cabeça de lista do PS às eleições europeias, Marta Temido, aproveitou a ocasião para prometer que a sua equipa não vai importar unicamente legislação da Europa, deixando a promessa que se irá escadeirar por exportar a sua visão e satisfazer todos os compromissos vertidos no seu manifesto.
Para os “três problemas complexos e multidimensionais” que afetam o país e a Europa, a antiga ministra da Saúde prometeu implementar soluções que constam no manifesto do seu partido.
“O primeiro problema é a habitação, que para nós socialistas não é só um problema de Portugal. Muitos países da Europa e não só sofrem imensamente hoje com leste problema”, alegou.
No seu entender, leste é um problema que exige soluções europeias e para o qual propõe um projecto europeu para a habitação atingível, que concretize o recta a habitação para efeitos de habitação social, mas também para a classe média e para os mais jovens.
“Nós propomos mesmo um instrumento de investimento permanente em habitação pública na União Europeia”, concretizou, acusando ainda a direita de preferir gastar verba em muros para proteger as fronteiras.
Já a segunda prioridade do PS são os jovens, numa União Europeia com oportunidades e trabalho digno, onde defenderão o término de estágios não remunerados em toda a União Europeia.
“Queremos também abordar outro problema muito sensível: a conciliação da vida pessoal com a vida profissional para as jovens famílias. Lutaremos por licenças de parentalidade mais longas e uniformes a nível europeu”, evidenciou, recordando que esta é uma visão do PS que pretendem exportar.
Por último, a candidata a eurodeputada deixou a geração de ocupação uma vez que prioridade.
“Precisamos de mais e melhor ocupação. Precisamos de continuar a investir numa economia europeia mais próspera e competitiva, com mais ocupação e salários”, concluiu.