“Não é por se viabilizarem orçamentos ou, por exemplo, um programa de governo que se deixa de fazer oposição”, afirmou à Renascença Pedro Duarte, presidente do recomendação estratégico vernáculo do PSD, sobre a possibilidade de o partido viabilizar um eventual Governo minoritário do PS.
Nas declarações à Renascença, o social-democrata lembrou as três viabilizações dos orçamentos do PS de António Guterres pelo PSD de Marcelo Rebelo de Sousa na preparação para a adesão ao Euro. “Não tenho dúvidas de que [isso] vai voltar a intercorrer quando um cenário dessa natureza se voltar a colocar no horizonte, seja quando for”, refere Pedro Duarte. “Se olharmos para o nosso histórico, o PSD sempre teve o sentido de responsabilidade de colocar os interesses nacionais supra dos interesses partidários .”
Refira-se que, em declarações à CNN Portugal, Luís Montenegro respondeu o seguinte quando questionado sobre se pretende apresentar uma moção de increpação a um governo minoritário do PS: “Posso expor, em resultado da relação de lealdade com o eleitorado, que não seremos nós naturalmente a viabilizar um governo que é contra aquilo que defendemos” (ver AQUI a partir dos 22m10s).
Pedro Duarte diz compreender a estratégia do atual líder do partido mas antecipar uma verosímil mudança na presidência do PSD depois das eleições. “Luís Montenegro, enquanto líder do PSD, não pode vincular o partido a uma posição no dia a seguir em que – ele não pode expor, mas eu posso expor – não sabe sequer se continua porquê presidente do PSD”, argumenta Pedro Duarte, deixando assim em lhano a possibilidade de Montenegro desabitar a liderança caso a AD perdida as eleições. Mas o próprio Luís Montenegro disse à CNN Portugal que se recandidata à liderança do partido mesmo que perde as eleições.
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