Março 18, 2025
Ebrahim Raisi, o Presidente ultraconservador do Irão que intensificou a repressão contra ativistas, mulheres e críticos do regime

Ebrahim Raisi, o Presidente ultraconservador do Irão que intensificou a repressão contra ativistas, mulheres e críticos do regime

Continue apos a publicidade

Ebrahim Raisi, do qual rumo se desconhece posteriormente um acidente de helicóptero levante domingo, lidera o Irão desde 2021, sempre ostentando um turbante preto e vestes clericais, num contexto de turbulência internacional e impugnação interna.

Com 63 anos, o ayatollah Raisi é considerado um ultraconservador e um partidário assumido da lei e da ordem.

Apresentando-se uma vez que patrono das classes desfavorecidas e da luta contra a depravação, Raisi foi eleito a 18 de junho de 2021, na primeira volta de umas eleições presidenciais marcadas por uma continência recorde e pela exiguidade de adversários de peso.

Sucedeu ao moderado Hassan Rohani, que o derrotou nas presidenciais de 2017 e que já não podia recandidatar-se, posteriormente dois mandatos consecutivos.

Continue após a publicidade

Raisi saiu reforçado das legislativas realizadas em março e em meados de maio deste ano, as primeiras eleições nacionais desde o movimento de impugnação que abalou o Irão no final de 2022, na sequência da morte de Mahsa Amini, uma jovem detida e espancada até à morte pelos Guardiães da Revolução, por desrespeitar o rigoroso código de vestuário da República Islâmica, porque apesar de envergar o hijab (véu islâmico) a tapulhar a cabeça, levante deixava prever uma marrafa do seu cabelo.

Perante o resultado eleitoral, o Presidente iraniano congratulou-se com “mais uma itinerário histórica infligida aos inimigos do Irão, posteriormente os tumultos” de 2022.

O parlamento, que entrará em funções a 27 de maio, será maioritariamente controlado pelos setores conservadores e ultraconservadores que apoiam o seu Governo.

Nos últimos meses, Raisi tem-se assumido uma vez que um firme justador de Israel, o inimigo pronunciado da República Islâmica, apoiando o movimento islamita palestiniano Hamas desde o início da guerra de Israel na Tira de Gaza, a 7 de outubro de 2023.

Continue após a publicidade
Continue após a publicidade

Assim justificou o ataque sem precedentes lançado pelo Irão contra Israel a 13 de abril deste ano, utilizando 350 drones (aeronaves não-tripuladas) e mísseis, a maior secção dos quais foram intercetados, com a ajuda dos Estados Unidos e de vários outros países aliados de Telavive.

Raisi figura na lista negra dos Estados Unidos de responsáveis iranianos sancionados por “cumplicidade com graves violações dos direitos humanos”, acusações que as autoridades de Teerão rejeitaram, classificando-as uma vez que nulas e destituídas de consequências.

Nascido em novembro de 1960 na cidade santa xiita de Machhad, no nordeste do Irão, Ebrahim Raisi passou as últimas três décadas a subir na jerarquia do sistema judicial, depois de ter sido nomeado procurador-geral de Karaj, perto de Teerão, com somente 20 anos, na sequência da vitória da Revolução Islâmica de 1979.

Tornou-se, em seguida, procurador-geral de Teerão, entre 1989 e 1994, e depois diretor-adjunto da Mando Judicial, entre 2004 e 2014, ano em que foi nomeado Procurador-Universal do país.

Continue após a publicidade

Em 2016, o líder supremo, Ali Khamenei, colocou-o avante da poderosa instalação de beneficência Astan-é Qods Razavi, que gere o mausoléu do Imam-Reza em Mashhad, muito uma vez que uma vasta carteira de património industrial e imobiliário. Três anos mais tarde, tornou-se diretor da Mando Judicial.

Pouco carismático e usando sempre o turbante preto de um “seyyed” (progénito de Maomé), Raisi, com a sua barba branca e óculos discretos, estudou religião e jurisprudência islâmica com o ayatollah Khamenei.

Continue após a publicidade

Casado com Jamileh Alamolhoda, professora de Ciências da Instrução na Universidade Shahid-Behechti de Teerão, com quem tem duas filhas com formação universitária, Raisi é genro de Ahmad Alamolhoda, imã das orações e representante provincial do líder supremo em Mashhad, a segunda maior cidade do Irão.

Sem incerteza consciente de que teria de tentar unir uma sociedade iraniana dividida quanto à questão das liberdades individuais, comprometeu-se durante a campanha eleitoral de 2021 a ser o patrono da “liberdade de sentença” e dos “direitos fundamentais de todos os cidadãos iranianos”, mas, em vez disso, o seu Governo intensificou desde portanto a repressão contra ativistas, mulheres e críticos do regime.

Fonte

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *