Outubro 1, 2024
Educar sem violência: SPS qualifica equipe para ampliar ações de combate à violência dentro de lar

Educar sem violência: SPS qualifica equipe para ampliar ações de combate à violência dentro de lar







17 de junho de 2024 – 15:24
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Assessoria de Notícia da SPS
Texto:
Sheyla Forte Branco

Fotos: Mariana Parente


Maria Silvonete, 39, é umas das 17 mães que vêm participando das reuniões do ACT – Uma vez que educar crianças em ambientes seguros, no Núcleo Comunitário Santa Terezinha. O programa é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma vez que uma das metodologias mais eficazes para reduzir os riscos de violência contra crianças. No Ceará, ele é executado pela Secretaria da Proteção Social (SPS).

Silvonete conta que aprendeu a subtrair o tom de voz para invocar a atenção da filha, Maria Uidina, 7. “A cada reunião é um novo estágio. Entendi que quando for conversar ou remeter um pouco que ela fez que não aprovo, devo chamá-la em um tom mais vagaroso ou ir até ela para conversarmos. Essa é uma forma de estabelecer uma notícia não violenta com a minha filha, e isto tem sido muito bom para a nossa relação”, revela Silvonete, que na puerícia passou por situações de violência parental, mas agora está quebrando o círculo da violência intergeracional.

Adepta da utensílio, a SPS investiu nesta metodologia inovadora, que funciona desde 2020 no Ceará, e já contemplou 24 municípios do Estado, incluindo Fortaleza. Mais de duas milénio famílias participaram dos grupos do ACT no Ceará. Para seguir capacitando profissionais atuantes em toda a Rede de Assistência Social do Estado, a SPS criou um grupo gestor, que conta atualmente com 19 pessoas. Ou por outra, para atuar dentro dos equipamentos SPS há um grupo de 11 multiplicadores.

Ações de combate à violência dentro de lar

Dagmar Soares, coordenadora do Mais Puerícia Ceará e uma das facilitadoras das formações do ACT no Estado, lembra que ao longo de todo o processo de implantação da utensílio no Ceará, alguns ajustes foram sendo realizados.

“Fomos entendendo que precisávamos de uma equipe do Estado para atuar uma vez que grupo gestor do programa, avante da supervisão, visitação e monitoramento dos municípios que aderiram ao ACT. Formamos primeiro 19 pessoas das coordenadorias da Proteção Social Próprio e Básica, secretaria-executiva de Políticas sobre Drogas, e da Assessoria de Mediação, Justiça Restaurativa e Cultura de Tranquilidade para integrarem o grupo gestor do ACT. Depois, outros 11 profissionais, dentre os quais quatro psicólogos, para atuarem nos Complexos Sociais Mais Puerícia, Centros Comunitários, Célula Restaurativa e ABCs”, pontua Dagmar Soares.

A coordenadora ressalta que, no próximo semestre, serão capacitados outros profissionais para integrarem o grupo gestor. A teoria é multiplicar cada vez mais o número de profissionais capacitados para que o ACT alcance os 184 municípios do Ceará até o ano de 2026.

“Muitas vezes o que a gente observa é que falta repertório para esses pais que utilizam da violência para “educar” seus filhos. Vamos ouvindo histórias e percebendo que a transformação vem mesmo de gestos muito pequenos, mas que fazem a diferença. Uma vez conversei com uma mãe que disse que sempre gritava e se chateava porque o fruto tirava a garrafa da geladeira e não conseguia colocar no copo, acabava jogando tudo no solo, e aquilo gerava um estresse desnecessário. Conversamos e expliquei pra ela que aquilo não precisava ser um momento ruim, mas sim de desenvolvimento para a menino. Ela decidiu usar uma garrafa menor, própria para o tamanho dele e o problema foi resolvido sem estresse”, recorda Dagmar.

A titular da SPS, Onélia Santana, reforça que os pais querem o melhor para os seus filhos, mas foram criados em um protótipo muito voltado para a punição e acabam replicando determinado comportamento achando que é o notório. “Nos oito encontros do ACT trabalhamos para que esses pais entendam o que é desenvolvimento, filete etária e para que percebam também que crianças aprendem muito observando e imitando. A teoria principal é combater a violência dentro de lar, para que cá no Ceará a gente tenha famílias com uma parentalidade positiva, que saibam mourejar com as suas emoções e impulsos e que, sobretudo, consigam se remeter sem violência” destaca a secretária.

Nas sessões do ACT as discussões são sobre o que é violência e uma vez que ela atravessa os corpos que estão em territórios mais vulneráveis. Outro ponto é debater a raiva, para que eles aprendam a mourejar com o sentimento e não transmitam frustração para as crianças. “Saber mourejar com a raiva da menino, que ainda está aprendendo a mourejar com as próprias emoções é muito importante. Explicamos também sobre os cuidados com a exposição das crianças aos meios eletrônicos. Até os dois anos de idade, as crianças não podem ser expostas a televisão, isso atrapalha o desenvolvimento pleno delas e muitas mãos só aprendem isso ao participar dos nossos encontros”, reflete Ivone Mendonça, que é facilitadora do ACT no Núcleo Comunitário Santa Terezinha.




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