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Marcelo D2 fechou ontem a primeira noite do festival brasílio Mimo, em Amarante, cidade do setentrião de Portugal.
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Antes de subir no palco às margens do rio Tâmega por volta de 0h30m, o músico carioca conversou com o Portugal Giro e participou do fórum de ideias, onde disse que o rap virou trilha de propaganda.
— O rap de hoje não me fascina mais. O estilo é um tanto místico, só que tudo vira mercantil de iogurte e de refrigerante. E está sendo assim com o rap — disse ele.
Responsável pela fusão bem-sucedida do rap com o samba, D2 diz que a mensagem contemporânea do rap pode ser traiçoeira para a juventude
— É uma insídia o jovem que nasce no gueto encontrar que vencer na vida é comprar Ferrari. Tem uma frase que os jovens do rap dizem muito que é “a favela venceu”. Não venceu, continua na miséria. O sege porquê utensílio de transformação não é para mim. A resistência está no samba. Sorriso preto/Um amplexo preto/Traz felicidade. Isso é muita resistência — declarou ele, que tenta na turnê europeia ressaltar a vertente combativa do samba:
— (Na Europa) ouvi muito que veem o samba porquê música prazenteiro, festiva. É engraçado, porque samba para mim é resistência. O (historiador) Luis Antonio Simas diz que o samba é a luta do trabalhador pelo recta de ser feliz. É isso que a gente está trazendo para cá. Fazer isso cá é tão resistente quanto o Planet Hemp em 1995. Trazer para cá artistas negros, brasileiros, dentro deste contexto, é muito importante.
O contexto ao qual D2 se refere é o da crescente vaga de discriminação contra brasileiros em Portugal.
— Qualquer tipo de preconceito tem a ver com ignorância. É difícil o brasílio transpor do país, das suas raízes, nesta situação. Parecia que a vaga fascista tinha pretérito e começou a subir de novo. Inacreditável. E para os brasileiros, que vêm para cá tentar a vida, a luta é difícil — disse.
Além do show, D2 participa do festival com a ocupação e o curta “Iboru”, em parceria com Luíza Machado. Ele diz que se sente renovado porquê artista e ofídio um lugar no panteão músico brasílio:
— Já estou há 30 anos nessa p*. (…) Quero meu lugar entre as estrelas da música brasileira.
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(O repórter viajou a invitação do Mimo)
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