Em Portugal, quinta no Douro usa enoturismo para atrair brasileiros #ÚltimasNotícias #Portugal

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Diretora de marketing e enoturismo da Côrte, Cátia Moura contou à coluna que os brasileiros descobrem aos poucos aquele que é um dos segredos do Alto Douro Vinhateiro.

— Não temos tantos brasileiros quanto gostaríamos, mas antes não havia e a finalidade é que venham mais. É algo que vai surgindo, porque os brasileiros estão descobrindo aos poucos — disse ela.

O atrativo para os brasileiros é o enoturismo, que desperta curiosidade nos visitantes que nunca viveram a experiência das vindimas (a colheita das uvas, normalmente em setembro, mediante as condições naturais), uma atividade que cresce a cada temporada.

O enoturismo tenta equilibrar um ano de prejuízos em todas as regiões. Somente o Douro vai produzir menos 14 mil pipas com cerca de 550 litros de vinho cada. O governo criou uma linha de crédito de € 100 milhões (R$ 616 milhões) para apoiar os produtores.

— Os rendimentos não vão ser aqueles que nós pensamos. Em termos de quebra, em torno de 10 a 15%. Portanto, a venda de vinho não era aquilo que nós tínhamos em expectativa, não é? — revelou, realçando a importância da compensação do enoturismo:

— Sem dúvida (compensa). Até porque, não somos uma das maiores quintas. Temos uma casa com apenas oito quartos. Portanto, é sempre um turismo, muito, muito exclusivo.

O preço da diária em um dos oito quartos para duas pessoas nos principais sites de reserva começa em € 240 (R$ 1,4 mil).

O programa das vindimas é exclusivamente reservado aos hóspedes, mas tem algumas exceções para grupos de até quatro pessoas por € 160 (R$ 984) por pessoa. Agendamentos para o programa e hospedagens podem ser feitos por e-mail (e-mailenoturismo.reservas@quintadacorte.com) ou telefone: +351964536200.

Durante quatro horas, é possível percorrer os 25 hectares de vinha, 12 deles de vinhas velhas e centenárias, colher as uvas e pisar a produção nos lagares (recipientes para esmagar) de granito, uma atividade popular entre visitantes. Ainda é possível almoçar e beber vinho na casa, repleta de obras de arte.

Além de uma adega de vinho do Porto com tonéis de 1836, há outra mais moderna que faz parte do conjunto arquitetônico projetado por Pierre Yovanovitch, arquiteto e designer de interiores.

Apreciar o visual dos socalcos e do rio a partir da piscina ou da casa principal, erguida em 1800 e reabilitada em 2013 pelo proprietário Philippe Austruy, vale muito a viagem de quase duas horas de carro a partir do Porto até o Vale do Douro, mais antiga região vinícola demarcada no mundo (1756).