Março 20, 2025
Empresa do balão de ar quente diz que não houve acidente aeronáutico no Alqueva – Atualidade

Empresa do balão de ar quente diz que não houve acidente aeronáutico no Alqueva – Atualidade

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“Legalmente, não foi um acidente de balão”, argumentou à sucursal Lusa Guido Santos, diretor de operações e um dos pilotos da empresa Passageiros do Vento, proprietária do balão e da marca Windpassenger.

Um dos passageiros de um balão de ar quente que realizava um passeio turístico na zona de Alqueva foi encontrado morto, no domingo de manhã, nas margens da albufeira, depois de ter saído do veículo alheado.

Contactado hoje pela Lusa, o diretor de operações da empresa argumentou que uma pessoa “deixa de ser passageiro quando sai voluntariamente do balão”, defendendo que foi o que aconteceu neste caso.

“Isto não quer expor que a empresa não possa ter responsabilidade social, mas, a nível aeronáutico, não houve acidente”, sublinhou.

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Segundo Guido Santos, a empresa dispõe de quatro seguros diferentes para a realização de passeios turísticos de balão de ar quente.

“Se houver responsabilidades, estes seguros serão acionados, mas, em todo o caso, vamos fazer a participação à seguradora, por mera cautela”, realçou.

O responsável escusou-se a prestar mais declarações sobre o que aconteceu, remetendo eventuais esclarecimentos adicionais da empresa para depois de serem conhecidos os resultados da necropsia.

“Não podemos chegar a conclusões antes de sabermos os resultados da necropsia. Tem que se perceber qual foi a culpa da morte”, realçou.

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O diretor de operações da Passageiros do Vento acrescentou que a empresa lamenta o sucedido e apresenta pêsames à família.

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As circunstâncias da morte do varão, de 55 anos, estão a ser investigadas pela Polícia Judiciária.

No domingo, em declarações à Lusa, a namorada do varão que acabou por morrer, Alexandra Santos, que o acompanhava no passeio turístico, disse que oriente passageiro terá saído do cesto do balão de ar quente para a chuva em seguida uma amaragem.

“O balão começou a inclinar-se para a chuva, por culpa dos ventos, e, à velocidade a que íamos, o piloto também não teve hipótese e batemos na chuva, mas muito perto da margem. Ficámos todos com os pés molhados”, relatou.

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No entanto, prosseguiu Alexandra Santos, o veículo alheado “continuou a caminhar” para a zona interno da albufeira, tendo portanto o piloto sugerido que alguns passageiros “fossem para o lado de fora para puxarem o cesto para terreno”.

O varão, que acabaria por morrer, entrou, portanto, na chuva, “o balão subiu” e “voltou a fustigar na chuva”, pela segunda vez, agora “já mais distante da margem”, salientou esta testemunha.

“Ninguém o viu de pé, mas estava perto da margem quando o vimos pela última vez”, referiu, indicando que o balão de ar quente foi depois aterrar num olival.

Esta viagem turística tinha começado na zona de Monsaraz, no concelho vizinho de Reguengos de Monsaraz, também no região de Évora.

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