Entenda o que está acontecendo no Rio Grande do Sul | Brasil

Vídeo: Veja imagens da devastação

O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB)afirmou que o “número [de mortos] tende a aumentar muito”. Leite ainda disse que nascente deverá ser o “maior sinistro” do Rio Grande do Sul, superando o de setembro do ano pretérito, quando 53 pessoas morreram em decorrência da passagem de um furacão extratropical pelo Estado.

Recorde histórico de chuvas no Rio Grande do Sul

Secção do Rio Grande do Sul está sendo atingida por chuvas desde segunda-feira. De combinação com o Instituto Pátrio de Meteorologia (Inmet)em algumas áreas, mormente na ampla filete mediano dos vales, encosta da serra e metropolitana, os volumes passaram dos 150 milímetros (mm) em 24h.

Até o dia 2 de maio, o Inmet prevê ventos fortes com rajadas supra dos 80 km/h, ocorrência de descargas elétricas, queda de saraiva e chuvas ainda volumosas, podendo superar os 200 mm entre o Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina.

Para se ter um parâmetro, Porto Contente, capital do Rio Grande do Sul, registrou precipitação acumulada de 174,0 mm ao longo de todo o mês de maio em 2023.

De combinação com a MetSul, empresa geradora de dados sobre meteorologia, os acumulados de chuva em municípios do Núcleo, Vale do Taquari e Serra passam de 500 mm e 600 mm em vários pontos — tapume de um terço da média anual inteira de precipitação.

O instituto ainda explica que as chuvas têm influência do O menino. Segundo eles, o fenômeno é responsável por aquecer as águas do Pacífico, ajudar a bloquear as frentes frias e concentrar os sistemas de áreas de instabilidade na profundeza do Rio Grande do Sul causando chuvas mais intensas.

Rio Grande do Sul decreta Estado de calamidade

O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade na quinta-feira, por meio do Decreto Nº 57.596. A norma aprovada por Leite tem um prazo de validade de 180 dias.

Estados ou municípios afetados por desastres naturais precisam legislar estado de emergência ou calamidade pública para que eles possam solicitar recursos federais para o auxílio da população.

O estado de calamidade é caracterizado por uma situação irregular, provocada por desastres, causando danos e prejuízos, de combinação com o Decreto nº 7.257, de 4 de agosto de 2010.

O Rio Grande do Sul categorizou as tempestades porquê um Sinistro Procedente de Nível III — quando os danos causados são “importantes” e os prejuízos são “vultosos”, e a normalidade só poderá ser restabelecida por meio de recursos estaduais e federais.

A Resguardo Social do estado estima que 351.639 pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas dos últimos dias. Ainda de combinação com os dados atualizados divulgados na live desta quinta, 235 municípios foram impactados com as chuvas, 7.949 pessoas estão em abrigos e 23.598 estão desalojados, além de 74 feridos e 74 desaparecidos. Os óbitos, até o boletim das 12h, foram registrados nas seguintes cidades:

1. Canela (2)
2. Candelária (1)
3. Caxias do Sul (1)
4. Bento Gonçalves (1)
5. Boa Vista do Sul (2)
6. Abrível (2)
7. Grande Pântano (1)
8. para Putin (1)
9. Gramado (4)
10. Itara (1)
11. Seduzido (1)
12. Salvador do Sul (2)
13. Serafina Corrêa (2)
14. Sigilo (1)
15. Santa Maria (2)
16. Santa Cruz do Sul (4)
17. São João do Polêsine (1)
18. Silveira Martins (1)
19. Vera Cruz (1)
20. Taquara (2)
21. São Vendelino (1)
22. Três Galardoar (3)

Nesta quinta-feira (2), o presidente Lula se reuniu com o governador Eduardo Leite e uma equipe de ministros na Base Aérea de Santa Maria, na Região Medial do Estado para discutir uma medida emergencial para a localidade. Na reunião, o governador mostrou os impactos das chuvas no estado e relatou que estão “testemunhando um sinistro histórico” e que o foco, neste momento, são os resgates.

Posteriormente a reunião, ficou decidida a geração de uma Sala de Situação integrada, sob coordenação do comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Promanação, para organizar as operações de resgate em todas as regiões atingidas do estado.

A reunião aconteceu depois o pregão feito pelo presidente Lula nesta quarta-feira (1), de que que iria, junto com uma comitiva de ministros, ao Rio Grande do Sul. Em relação na quarta ao governador gaúcho, o presidente afirmou que o governo federalista colocará “quantos homens for necessário para ajudar”.

“Não tem limite. Vamos mandar 60, 90, 100, não tem limite de pessoas para ajudar. Estou pensando em amanhã ir ao Rio Grande do Sul para que a gente possa ajudar de forma efetiva a diminuir o sofrimento desse povo”, disse Lula à Leite por telefone.

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O governo federalista vem atuando no estado com ajuda humanitária, além de ter disponibilizado aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para atender aos atingidos pela enchente no estado. O presidente afirmou nesta quarta que há oito helicópteros FAB que estão à disposição e que ainda não puderam decolar devido ao mau tempo.

A chuva causou bloqueios em diversos trechos de rodovias estaduais. Algumas permanecem com bloqueios totais e outras parciais. Entre os motivos para interdições estão pista submersa, queda de estrutura de ponte, queda de barreira, entre outros.

Segundo a Resguardo Social, não há porquê publicar a quantidade exata de rodovias bloqueadas por motivo da mudança no cenário jacente. Os pontos, porém, são atualizados a cada hora no site da Moradia Militar do RS. No site é provável conferir as interdições nas estradas do estado.

Rompimento da barragem 14 de Julho

Na tarde de quinta-feira (2), o governador do Estado publicou um vídeo nas redes sociais avisando sobre o rompimento da barragem 14 de Julho.

“Nós recebemos há pouco uma informação do rompimento da ombreira direita da barragem da Usina Hidrelétrica 14 de julho. O efeito não vai ser de uma enxurrada, mas vai ter o curso do rio. A gente buscou fazer todo um trabalho provável para evitar o rompimento, mas com o volume d’chuva, não conseguimos ter entrada nem com os helicópteros para levar técnicos. Esse rompimento vai ter um efeito de resposta hidrológica, ou seja, de elevação do nível do rio Taquari”, disse Leite no vídeo.

Segundo ele, o governo está fazendo esforços para levar helicópteros para a região, mas as condições climáticas não estão permitindo o entrada à localidade. O lugar já foi excretado desde ontem, quando surgiu o risco do rompimento.

Em relação à situação das outras barragens do estado, a Resguardo Social informou que está “verificando a situação”.

De combinação com o boletim divulgado às 10h31 desta sexta-feira (3), pelo menos 235 dos 497 municípios foram afetados pelas chuvas dos últimos dias.