Setembro 20, 2024
Entenda por que o bitcoin caiu quase 20% e chegou a perder os US$ 50 mil hoje | Criptomoedas
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Entenda por que o bitcoin caiu quase 20% e chegou a perder os US$ 50 mil hoje | Criptomoedas #ÚltimasNotícias #Portugal

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O bitcoin (BTC) acompanhou a derrocada da bolsa japonesa e chegou a cair perto de 20% hojeperdendo por pouco tempo até mesmo o patamar dos US$ 50 milhões antes de se recuperar e voltar aos US$ 54 mil.

Para os especialistas em criptoativos, o “sell-off” é momentâneo, pois foi produzido por fatores extrínsecos ao mundo cripto. Ou seja, a manutenção dos fundamentos de moedas digitais como o bitcoin e o éter (ETH) levariam os investidores a voltarem a comprar passado o “pânico” inicial.

Até mesmo um retorno do bitcoin à sua máxima histórica, nos US$ 73 mil, ainda este ano, não é algo a se descartar, desde que o script de eventos positivos para os criptoativos previstos para ocorrerem até o fim do ano seja seguido pelo menos em alguma medida.

Para entender o que aconteceu é preciso ir a fundo nos motivos para a queda do índice Nikkei no Japão durante a madrugada. Além dos riscos associados a uma recessão nos Estados Unidos (algo que entrou no radar após os dados fracos de emprego da última sexta), os investidores também foram impactados pela perda de rentabilidade do “Transporte de mercadorias”que era possibilitado pelo juro zero praticado pelos japoneses.

No “carry trade”, o investidor pega recursos emprestados no Japão em ienes, onde as taxas estavam entre 0% e 0,1% ao ano e depois convertia em dólares para comprar títulos em países como os EUA, cujos juros estão entre 5,25% e 5,5% ao ano. O diferencial das taxas garantia a rentabilidade da operação. No entanto, na última quarta (31), o banco central do Japão elevou os juros para 0,25% ao ano, acabando com uma era de juro zero que vinha desde 2008. A decisão fortaleceu o iene frente ao dólar, pois diversas operações de “carry trade” começaram a ser liquidadas devido à redução no diferencial de taxas.

A forte desvalorização do dólar no processo, associada às preocupações de que a economia americana comece a se contrair, despertaram um sentimento de pânico no mercado financeiro. O índice Nikkei, principal referência da bolsa de Tóquio, despencou 12,4% em um dia. Já os mercados americanos recuam entre 2,4% e 3,5% hoje.

O bitcoin despencou mais de 17% e o ether virou para queda no ano, caindo 0,61% depois de chegar a subir em um percentual de mais de dois dígitos em sua máxima de 2024. Para Guilherme Sacamone, líder da operação da OKX no Brasil, as chamadas de margem em operações de “carry trade” no Japão trazem um impacto significativo para o bitcoin, pois a liquidez que anteriormente fluía para os criptoativos está diminuindo. “O Reserva Federal (Fed) pode precisar responder com cortes de taxas para evitar um efeito dominó que poderia prejudicar ainda mais os mercados de capitais e os criptoativos”, avalia.

João Marco Cunha, gestor da Hashdex, diz que a volatilidade exacerbada em cripto acaba sendo um reflexo das próprias características desses ativos, como a negociação 24 horas por dia e sete dias por semana. “É comum que alguns players que atuam tanto no mercado cripto quanto no tradicional liquidem cripto em momentos assim por ser o ativo que está disponível para vender fora do horário comercial“, Explicar.

Contudo, o gestor lembra que há uma série de fatores e eventos para acontecer este ano que podem fazer o bitcoin e as demais criptomoedas se recuperarem. “Temos alguns catalisadores relevantes como o Fed começando a cortar juros nos EUA em setembro, provavelmente, e uma vitória do [candidato republicano, Donald] Trump nas eleições presidenciais, com todo aquele discurso pró-cripto”, avalia. Cunha diz que da mesma forma como o bitcoin caiu em julho para US$ 53 mil e voltou para perto de US$ 70 mil, também pode ter uma forte recuperação em agosto passado este susto no início do mês.

João Zecchin, sócio e fundador da Fuse Capital e da BRX Finance, ressalta que grandes ordens de venda de criptomoedas já vinham acontecendo às tardes no mercado cripto, algo que pode evidenciar o desdobramento de alguma posição que liga ativos tradicionais a criptomoedas. “A partir daí temos vários efeitos cascata, como a liquidação de alavancados em criptoativos. Como cripto é tudo sempre exagerado e mais volátil, a queda acaba sendo maior, mas não tem nada a ver com os fundamentos dos ativos”, argumenta.

Na avaliação de Sacamone, a recente queda que o bitcoin experimentou pode certamente assustar alguns investidores, porém, para a grande maioria dos investidores de longo prazo, é apenas mais um capítulo que não muda a visão do ativo.

Para o futuro, Caio Leta, head de análise e conteúdo, da Bipa, afirma que muitos acreditam que o Fed possa chamar uma reunião de emergência para começar o ciclo de cortes de taxa de jurosvoltando a injetar liquidez na economia como fez em 2020 quando ocorreu a crise da covid-19. “Outra possibilidade é o Fed deixar as coisas quebrarem, algo que é politicamente mais custoso”, aponta.

Se o Fed realmente fizer esta redução emergencial, Leta avalia que a criptomoeda irá se valorizar fortemente por funcionar como uma “esponja de liquidez”, ao absorver o dinheiro novo que é impresso. Do contrário, se o Fed seguir o cronograma e só reduzir os juros em setembro, bitcoin e ouro continuam sendo bons ativos para se ter em carteira por não terem risco de contraparte.

Na mesma linha, Valter Rebelo, head de ativos digitais da Empiricus Research, avalia que o momento acaba sendo uma boa oportunidade para cripto dentro da tese de ativos digitais como proteção contra a inflação e a impressão de dinheiro. “Diante da expectativa de recessão, logo deveremos ver injeções financeiras por conta dos bancos centrais.”

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