A pergunta era sobre se deveria ser estabelecido um limite para “o número de imigrantes em Portugal” e foi colocada aos oito candidatos às eleições para o Parlamento Europeu que participaram no debate desta manhã, 3 de junho, que foi transmitido pelas rádios Antena 1, Renascença, TSF e Observador. Quando chegou a vez de Catarina Martins, ex-líder e cabeça-de-lista do Conjunto de Esquerda, assinalou desde logo que essa “é a forma errada de colocar a questão em Portugal”.
Uma vez que assim? “O problema em Portugal é que entre 2011 e 2023 saíram do país 1.100.000 pessoas e entraram 600 milénio“, sublinhou Martins, concluindo depois que “se calhar nós precisávamos mais de refletir sobre os salários que temos de remunerar para as pessoas poderem cá permanecer”.
Os números indicados têm fundamento?
De pacto com os dados do Instituto Vernáculo de Estatística (INE) compilados na Pordata, entre 2011 e 2022 (ainda não há dados referentes a 2023) registou-se um totalidade de 611.331 imigrantes permanentes.
Neste indicador a tendência tem sido de propagação acentuado, sobretudo a partir de 2019 quando se aproximou da fasquia de 100 milénio por ano, tendo chegado a um ponto supremo de 117.843 imigrantes permanentes em 2022.
Quanto às saídas do país, no mesmo período de tempo (entre 2011 e 2022) registou-se um totalidade de 451.455 emigrantes permanentes.
Neste indicador a tendência tem sido de estabilização depois um incremento significativo no período de mediação da “Troika” (2011-2014) em Portugal.
Ou seja, Martins acertou no número de entradas, mas não no número de saídas. Porém, poderia estar a referir-se à soma dos números de emigrantes permanentes e temporários. Nesse contextura registou-se um totalidade de 1.129.236 indivíduospróximo do evocado pela candidata.
Classificamos assim a alegado uma vez que verdadeiraembora Martins não tenha especificado que se referia à soma de emigrantes permanentes e temporários.
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Avaliação do Polígrafo: