Saulo foi o convidado de Daniel Oliveira não programa Subida Definição deste sábado, 1 de junho. Na conversa intimista que concedeu ao apresentador – originalmente transmitida em junho de 2023 – o cantor falou sobre o início promissor da sua curso, ainda em rapaz, e sobre o desentendimento com os pais, que acusou de terem gasto todo o quantia que juntou desde a puerícia.
O cantor de música popular portuguesa começou por recontar de que forma era gerido o seu património, revelando que “não tinha aproximação direto ao quantia”. A mãe de Saúl era a sua empresária, enquanto o pai era o responsável do material técnico.
“Eram os meus pais que geriam todo o quantia e todos os imóveis […] Estamos a falar dos anos 1995 e 1996, e eram mais ou menos 600, 700 contos por espetáculo…Às vezes quatro vezes por dia, 280 dias por ano. Foram três anos assim […] O merchandising era todo nosso também. Estás a ver o quantia que envolvia, CDs, t-shirts. Naquela profundeza não se vendiam menos de 600 CDs por sarau e ainda murado de 1500 cassetes. Tudo isso contribuía para o bolo final”explicou.
O choque da verdade
No entanto, aos 18 anos, Saúl Ricardo percebeu que um tanto não estava muito. “Fui ao banco para levantar quantia e tinha 14,50 euros na minha conta bancária. Eu não fui ao balcão, fui atualizar somente a caderneta. Eu fiquei com tanta vergonha que saí do banco e pensei: ‘Não pode ser, alguma coisa está errada’”, referiu, lembrando que naquela profundeza a sua mãe não se encontrava no país.
Saúl confessou a Daniel Oliveira que ainda hoje sente dor. “Eu quando falo nisto, não falo só por pretexto do valor ou do património que perdi [… ] A mim não me interessa o quantia que foi gasto, não me interessam os imóveis que foram perdidos, não me interessa a vida que foi perdida. Só me interessa uma coisa: o descuramento dos filhos pelos pais. É isso que me dói, o descuramento em si. Não me abandonaram só a mim, mas cinco filhos. O descuramento dói-me mais do que qualquer valor”, sublinhou.
“Eu queria uma explicação para o que se tinha pretérito, saber o porquê de terem feito aquilo. Falo também pelos meus irmãos. Podíamos estar todos muito hoje em dia. Tanto trabalho, tanto suor, podíamos estar todos muito, não precisávamos de passar por isto. Até hoje estou à espera da resposta”, frisou.
A dor e o suicídio
“O que me doeu mais não foi o que aconteceu antes, foi o pós. Foi muito grave, o que fizeram não se faz a um fruto. Posso proferir que é muito doloroso […] Sente-se um vazio completo. Tens ali as duas pessoas que tu amas desde a nascença, a tua rede de segurança e foram os primeiros que te falharam”fez notar ainda.
Perante tudo o que aconteceu, o cantor admitiu ter pensado em colocar termo à própria vida. “Pensei fazer uma coisa que é impensável, pensei no suicídio, na profundeza. Quem passa pelo mesmo que peça ajuda. Eu tive a ajuda da minha mulher, que na profundeza era uma rapariga de 16 anos. Era uma rapaz, mas já era muito mulher para a idade que tinha, era muito madura. Tive essa ajuda, se não tivesse poderia não estar cá“ele lembrou.
“Eu não via a luz ao fundo do túnel. A única coisa que eu sabia fazer era trovar, tinha ficado sem rede de segurança. O que ia ser de mim, sem quantia, sem zero? Acho que foi a maior queda que eu tive até hoje”completou, referindo que não fala com os pais há mais de 15 anos.
Linhas de esteio emocional e de prevenção do suicídio
Traço SNS24 (disponível 24h todos os dias)
808 24 24 24
Voz de esteio (21h-00h)
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SOS Estudante (22h – 1h)
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Telefone da Amizade (16h-23h)
22 832 35 35
Conversa Amiga (15h-22h)
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Voz Amigável SOS (15h30-12h30)
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