Novembro 6, 2024
Estes Morangos não têm açúcar, têm stevia | Megafone

Estes Morangos não têm açúcar, têm stevia | Megafone

Podia expressar que senti uma enorme nostalgia por voltar a um sítio onde fui feliz, mas seria peta. Durante quase um ano, as minhas horas de almoço tinham os Morangos uma vez que tecido do fundo. Sem distanciamento, era difícil ter saudades. Mas também era impossível não estar entusiasmado com leste revinda.

Foi com isso em mente que me prendi ao sofá para ver a novidade versão da série que me ensinou a ser pontual. Todos os dias, à mesma hora, eu estava lá. Era uma religião e eu era extremamente leal. Hoje é dissemelhante. Já não sou pontual, nem vi a estreia à hora certa.

É até muito provável que, quando esta crónica for publicada, já existam vários spoiler espalhados por aí. É uma espécie de ejaculação precoce. Também não conseguem moderar o exalo. Coisa que não acontece neste texto. Pelo menos nos spoiler.

Vi um incidente e já fiquei feliz. Uma série que começa com “ou és influenciador ou és invisível” tem tudo para percorrer muito, mas rapidamente me distraí com a rapariga que se esqueceu da carteira e não podia remunerar a despesa do hospital. Se ainda não paga contas com o Smartphonevai encaixar nas pessoas invisíveis. Acho eu. Só vi um incidente.

Vi um rapaz pedir o número a uma rapariga. Também devem querer ser invisíveis, senão tinham antes pedido o Instagram. Ou o TikTok. Ou a próxima novidade rede social que vai ser tendência. Por falar em tendênciastemos padel. Por muito que seja um desporto entusiasmante, não chega aos calcanhares do motocross da Ana Luísa e do Simão.

O Simão continua nos Morangos e agora é médico. Faz sentido, visto que era um dos melhores alunos do Escola da Barra. Tal uma vez que o Crómio, que agora é o director do escola. Até cá, tudo evidente. E a Soraia? Não era uma das mais rebeldes que até esteve ligada, muito levemente, a uma rede criminosa? O que aconteceu na vida dela para agora ser presidente da associação de pais? Leste é o mistério que me vai grudar à televisão. Ou a qualquer outro ecrã porque em 2023 está tudo em todo o lado ao mesmo tempo.

É muito difícil ver a reinvenção de alguma coisa que me reinventou sem me lembrar de milénio e um momentos. Vi a estreia dos Morangos com Açúcar e acompanhei os amores e desgostos do Pipo e da Joana, nas aulas e no Verão. E assim sucessivamente até o Escola da Barra se transformar numa espécie de Escola Músico (Disney+) com a Gabriela Barros e o David Curso. É que já nem sei os nomes deste parelha ficcionado.

Hoje, dizem que é uma espécie de Escol (Netflix). E que seja. É uma boa série de entretenimento e drama, tal uma vez que acredito que esta vai ser. Tal uma vez que o Escola Músico também foi. É impossível não fazer comparações quando temos avalanches de séries e fluxos que nos mudaram os hábitos de consumo. Eu que gostei de ver essas séries todas, também vou gostar desta.

Voltar ao Escola da Barra é recordar as emoções à flor da pele. Se antes havia uma rádio, hoje há um podcast. E por falar em som, ainda tenho a margem sonora da série naquele CD que cheira a morango. E quando é que vão lançar a novidade edição nesse vinil cheiroso?

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