Março 20, 2025
Estreias, um protesto e 50 anos de Abril nas propostas do Dia Mundial do Teatro – Observador

Estreias, um protesto e 50 anos de Abril nas propostas do Dia Mundial do Teatro – Observador

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Bertolt Brecht, David Mamet, Federico García Lorca, Tankred Dorst são alguns dos dramaturgos em cena em diferentes localidades, enquanto atores uma vez que Rui Mendes, em Lisboa, e Ruy de Roble, em Viseu, são homenageados, e as estreias se estendem de Setentrião a Sul.

O Teatro Vernáculo S. João, no Porto, abre portas ao tentativa de “Fado Alexandrino”, de António Lobo Antunes, e o Vernáculo D. Maria celebra “O teatro que Abril abriu”, no Capitólio, em Lisboa, iniciando o ciclo “Abril Abriu” que se estende até julho, com 18 espetáculos, por vários espaços da cidade.

Em Vila Real, a companhia Filandorra – Teatro do Nordeste assinala o Dia Mundial com “O cutelo do Adão”, uma atuação de protesto ao ainda ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, pela escassez de apoios nos concursos bienais da Direção-Universal das Artes.

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A companhia Momento – Artistas Independentes, em Vila Novidade de Famalicão, estreia “Eu sou Lorca”, a partir de “Logo que passarem cinco anos”, do poeta e dramaturgo andaluz, para pensar o que é ser artista durante um regime ditatorial e sobre a liberdade nas artes.

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O Teatro Experimental de Cascais estreia “Últimos remorsos antes do esquecimento”, de Jean-Luc Lagarce, com encenação de Elmano Sancho. Em Alverca, a Cegada faz a primeira representação de “A recusa de Bartleby”, de Herman Melville, com adaptação de Ricardo Cabaça.

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Em Lisboa, há estreias no Teatro Franco (“Uma vida no teatro”, de David Mamet), e no Teatro Armando Cortez, pela Companhia da Esquina (“Terror e miséria no III Reich”, de Brecht). A receita deste espetáculo reverte para a Apoiarte — Mansão do Artista, que organiza um almoço com murado de duas centenas de artistas. No S. Luiz Teatro Municipal haverá sessão gratuita de “Fedra (não é de pedra)”, peça de Martim Pedroso estreada na véspera.

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Ainda em Lisboa, a Freguesia de Santo António, que abrange o Parque Mayer, inaugura a letreiro do nome de mais 33 personalidades do teatro, na lajeada da Terreiro da Alegria, que passa agora a narrar com 112. Entre os novos homenageados está o ator Rui Mendes, com mais de 60 anos de curso.

No Porto, o Teatro Carlos Alberto, acolhe as leituras encenadas “Lusco-fusco”, do projeto “Teatro para a Democracia”, que congrega “inquietações de quatro jovens dramaturgos europeus”: Francesca Lancelotti (“Outdefining”), Gurshad Shaheman (“A maré sobe ”), Stuer Dhaenens & Vanden Broecke (“Rexit!”) e Denise Duncan (“93 Metros de Comprimento)”.

A Suco Trupe irá homenagear um dos seus fundadores, o ator António Reis, que morreu em 2022, apresentando o novo ‘síte’ e a peça “Noite de solidão no capim”, de Castro Guedes.

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Em Braga, no Theatro Circo, a CTB – Companhia de Teatro de Braga irá debater “Para que serve o teatro?”, e apresentar “Anfiteatro”, de Heinrich Von Kleist, enquanto em Viseu, é inaugurada a exposição “Retratos contados de Ruy de Roble”, na Mansão da Ribeira, com o homenageado.

Em Coimbra, O Teatrão dá perenidade a um programa de visitas guiadas, através de sítios de resistência à ditadura do Estado Novo na cidade, “onde as flores da Revolução surgiram a ser semeadas”.

No Fundão, a Nascente – Estação Teatral celebra o dia com “2+2=5”, a partir de “1984” de George Orwell.

O Teatro das Beiras, da Covilhã, apresenta “A grande imprecação diante das muralhas da cidade”, do teuto Tankred Dorst, na Mansão da Cultura de Seia.

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O Teatro do Noroeste — Núcleo Dramático de Viana assina a tradução portuguesa da mensagem do Dia Mundial do Teatro, nascente ano escrito pelo Nobel da Literatura Jon Fosse, que confirma na arte a sentença da tranquilidade, contra todas as guerras: “A guerra e a arte são opostos, tal uma vez que a guerra e a tranquilidade são opostos — é tão simples quanto isto. Arte é tranquilidade.”

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