A eliminação do Sporting da Liga Europa às mãos da Atalanta na quinta-feira vai permitir aos leões concentrem-se no campeonato pátrio, que liderou com mais um ponto que o Benfica e menos um jogo.
A guião em Bérgamo teve um sabor amargo, já que, ao contrário do encontro da primeira-mão, os leões desenvolvidos oportunidades mais do que suficientes para seguirem em frente, mas pecaram na finalização.
Resta a Liga e a Taça de Portugal para fechar a quadra.
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Foco no campeonato, sim, mas havia qualquer mal em meter-se nos ‘quartos’ da Liga Europa? Simples que houve vontade, disponibilidade e oportunidade. Faltou foi aproveitar.
À chegada a Itália, o Sporting carregava na bagagem um borrego gordo, de 18 jogos sem vencer em terreno transalpino. Rúben Amorim e os seus alunos tinham o aliciamento de entrar na história e ser a primeira equipa leonina a vencer em Itália para as provas da UEFA. Quis o sorte – e a falta de pontaria – que o borrego ficasse mais uns anos a engordar.
Sem final, Rúben Amorim, estava zangado, os jogadores estavam zangados, os adeptos do Sporting mais ainda, por sentirem que a equipa não passou por culpa própria.
Se em Alvalade na primeira mão o jogo foi dividido, com mais oportunidades para a Atalanta, no Gewiss Stadium foi o Sporting a assumir o comando do desperdício, principalmente na segmento final do jogo, quando tentava empatar o jogo e a eliminatória.
Bastava que o Sporting desse motivo a mais um estudo do CIES – Observatório do futebol – para que, nesta profundidade, ninguém estivesse zangado no universo leonino.
Depois de qualquer aperto inicial da Atalanta, que já se esperava, o Sporting reagiu e fez pender a balança da eliminatória para o seu lado quando Gyokeres vestiu-se de Zicky-Té (jogador de futsal dos leões) e assistiu Pedro Gonçalves para o 1-0, no primeiro remate à limite por segmento dos verdes e brancos. Esperava-se uma explosão de alegria na rosto de Pote mas a sua frase era outra: dor, muita dor, posteriormente o remate. Saiu em lágrimas e deu o seu lugar a Daniel Bragança.
Isso mesmo foi confirmado por Rúben Amorim na zona de entrevistas rápidas à SIC. “Em princípio tem uma lesão muscular, uma vez que tem dores até o andejar, não deve ser uma coisa pequena.” Soam os alarmes!
Pode-se manifestar que o Sporting teve má sorte nas oportunidades criadas porque as mesmas não foram para os pés (ou cabeças) dos matadores Pedro Gonçalves (já tinha saído) e Gyokeres.
Muito recatado, Marcus Edwards tinha de rematar logo, aos 84 minutos, quando Geny Catamo colocou-lhe a esfera nos pés, mas quis mais uma finta e perdeu para De Roon.
Pedia-se outra solução para Paulinho quando apareceu solitário, na rosto de Juan Musso aos 89, mas quis adornar a lança e fazer um golo de chapéu. O guardião não foi na cantiga. E aos 90, o avançado lançou no segundo momento de guerrear os índices de Edwards com mais verdade, para não desviar de cabeça para fora um núcleo que levava selo de gol. Edwards teve oportunidade de se redimir aos 91 mas o seu remate, na grande extensão, saiu muito por cima.
Em provas desta natureza, não há eliminatória que resista a tanto desperdício.
Uma desatenção St. Juste primeiro e de Ricardo Esgaio depois (o principal culpado), permitiu a Atalanta empatar ainda o relógio nem tinha marcado um minuto do segundo tempo (38 segundos). Novidade desatenção, primeiro de Gonçalo Inácio no mau passe, depois St. na marcação, ajudou os ‘Gli Orobici’ a dar a volta ao texto, antes do primeiro quarto de hora do segundo tempo e seguir para os quartos de final da Liga Europa. Pelo meio, ainda houve alguns bons momentos de Franco Israel na limite.
Momento-chave: Assim não, leão!
Num momento de assalto leonino à extensão transalpina, Geny Catamo deixou uma esfera redondinha para Marcus Edwards colocar no fundo das redes, mas o inglês achou por muito tentar mais uma finta e perdeu o lance. Bastava atirar de primeira. Foi a primeira de quatro oportunidades perdidas nos últimos cinco minutos para o Sporting.
Os Melhores: Scamacca com faro para golo
Scamacca deu a vitória com uma bela finalização, numa jogada iniciada por si, fez dois dos cinco remates da sua equipe à limite, jogou e fez a equipe jogar nos 64 minutos que esteve em campo. O provável avançado deu muito trabalho à defensiva leonina que tão cedo não irá esquecer-lo: marcou três golos ao Sporting nos quatro jogos entre os dois emblemas desta quadra.
Em noite ‘não’: Marcus em cerimónias, Gyokeres longe do golo
As estatísticas do GoalPoint dizem que Marcus Eduardo terminou o jogo com nove passes falhados, três dos quais de risco, e 21 perdas de esfera. Os adeptos do Sporting ficarão-se pela forma uma vez que não atiraram à limite no lance que daria o 2-2, ao tentar mais uma finta. Exibição apagada do jovem inglês.
A volume adepta leonina pode ter lamentado que as oportunidades criadas não tenham derrubado nos pés de Gyokeres. Mas será que o ‘tanque’ sueco faria melhor? Assistência Pedro Gonçalves no 1-0, mas não fez qualquer remate nos 90 minutos em que esteve em campo, um tanto inédito desde que está no Sporting. Não conseguiu importar o seu físico ao seu compatriota Isak Hien (88 kg, 1,91 metros) perdeu 18 dos 21 duelos que disputou e somou e 23 perdas de esfera.
Reações: Amorim Zangado
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