Euro 2024
Depois do apuramento sofrido de Portugal, Países Baixos e Turquia também tiraram bilhete para a próxima período. Restam oito seleções a sonhar com o título em Berlim. Veja cá o resumo sobre os jogos dos quartos de final do Euro 2024.
Volvidos 44 jogos, em que se marcaram 100 golos, restam somente oito equipas no Euro 2024. Portugal é uma delas e tem com a França um dos jogos mais difíceis.
Sexta-feira, 5 de julho
- Espanha – Alemanha (17h00, Estugarda)
É o jogo de edital dos ‘quartos’ do Euro 2024, que coloca frente primeiro as duas seleções que mais entusiasmaram os adeptos nas bancadas e nos sofás de todo o mundo.
A Espanha, que arrancou o Euro no ‘grupo da morte’ com Itália, Croácia e Albânia, é a única equipa que venceu todos os quatro jogos até cá. Tem o segundo melhor ataque (9 golos) e uma das melhores resguardo (somente um sofrido) da prova. O médio Fabian Ruíz tem sido um dos destaques da competição, mas os extremos Lamine Yamal e Nico Williams têm oferecido que falar.
Já a anfitriã Alemanha, dona de uma estreia irrepreensível (5-1 contra a Escócia), parece ter deixado no pretérito as más exibições nos grandes torneios. É a equipa dos jovens Musiala, Wirtz e Havertz, mas também dos experientes Kroos, Gundogan e Neuer. Um ‘mix’ que tem oferecido bom resultado e muitos golos: já lá vão 10.
- Portugal – França (20h00, Hamburgo)
Apesar de não estarem a apresentar o futebol mais superabundante do torneio, Portugal e França são donos de plantéis recheados de talentos em todas as posições.
O Euro de Portugal tem sido porquê uma serra russa, mas que desce mais rápido do que sobe. O 3-0 contra a Turquia, inimigo mais poderoso na período de grupos, deixou sinais positivos e a esperança de que a vitória suada na estreia fora somente um percalço. Mas não.
Estamos a seguir com vibrações de 2016. As escolhas de Martínez deixam a desejar para a maioria. Tira-se de positivo os milagres de Diogo Costa, a soberania de Vitinha e as boas exibições de Cancelo, Nuno Mendes e Rafael Leão contra a Eslovénia.
Contra a França, a Seleção terá um inimigo que tem criado pouco (dois autogolos em três golos marcados) e que não tem exposto com o luz da dupla Mbappé-Griezmann. Ainda assim, é uma equipa sólida na resguardo, cínica no ataque e habituada a chegar às decisões. Em jogos a expelir, no tempo regulamentar, a França não perde desde o Mundial 2014.
Sábado, 6 de julho
Inglaterra – Suíça (17h00, Dusseldorf)
Do outro lado, a Inglaterra escapou aos tubarões e, em teoria, teria tudo para chegar à final. No entanto, o relvado conta outra história e a Suíça quer voltar a surpreender.
Os ingleses nunca tiveram a fasquia tão elevada. E não podia ter dissemelhante para quem junta Kane, Bellingham, Foden, Saka e Alexander-Arnold (não cabem todos neste parágrafo) na mesma equipa. Mas a verdade é muito mais cinzenta. O golo de bicicleta da estrela do Real Madrid, que impediu a eliminação, não apaga as exibições pouco convincentes.
Já a Suíça tem sido uma das surpresas positivas deste Europeu. Os helvéticos ainda não perderam na competição, tendo arrancado um empate contra a Alemanha e eliminado com poder a Itália, campeã em título, nos oitavos de final. Xhaka comanda tudo, com a ajuda de Freuler, Aebischer e Ndoye, o influente trio do Bologna.
Países Baixos – Turquia (20h00, Berlim)
O último duelo a permanecer definido junta duas seleções com menos expectativas, mas que deixaram boa sensação nos oitavos de final.
Os Países Baixos tiveram, talvez, a exibição mais impactante desta período: o 3-0 contra a Roménia traduz muito a superioridade, mas o resultado até podia ter sido outro, não fosse tanto o desperdício ao longo do jogo. Desde a estreia, a laranja mecânica mostra desenvoltura no meio-campo e facilidade para produzir risco. A eficiência ainda deixa a desejar, mas a veia goleadora de Gakpo é a boa notícia.
Já a Turquia, derrotada por Portugal na período de grupos, superou a Áustria, outra equipa ‘sensação’ deste Europeu, mesmo sem o maestro Çalhanoglu. Destaca-se o poderio ofensivo dos turcos. O jovem Arda Guler ainda não tem espaço no Real Madrid, mas já é uma referência nesta equipa. Kokçu, Wildiz e Yilmaz também dão garantias.