Portugal vai encontrar a França pela quinta vez num jogo a varar de uma temporada final de uma grande competição, nos ‘quartos’ do Euro2024, oito anos depois do triunfo sobre os gauleses na final do Euro2016.
Em 10 de julho de 2016, em pleno Stade de France, em Saint-Denis, um golo do suplente Éder, do ‘meio da rua’, aos 109 minutos, valeu à formação das ‘quinas’ o maior título da sua história, graças a um triunfo por 1-0, depois prolongamento.
Com esse triunfo, Portugal acabou com a ‘seca’ de títulos e também com a ‘malapata’ face aos franceses, que, anteriormente, tinham suplantado a seleção lusa em três meias-finais, dos Europeus de 1984 e 2000 e do Mundial de 2006.
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Os franceses venceram por 3-2 depois prolongamento em 1984, também em mansão, ganharam por 2-1 em 2000, também no tempo extra, com um ‘golo de ouro’, e uma vez mais pela margem mínima em 2006, logo por 1-0.
O quinto confronto em jogos a varar em fases finais será na sexta-feira, nos quartos de final do Euro2024, depois dos triunfos de Portugal face a Eslovénia (x-x) e da França frente à Bélgica (1-0), nos jogos de hoje dos oitavos de final.
A história começou em 23 de junho de 1984, com a França a adiantar-se aos 25 minutos, por Jean-François Domergue, mas o estreante Portugal a dar a volta ao resultado, com um ‘bis’ de Jordão, presenciado por Chalana, aos 74 e 98 minutos.
A formação das ‘quinas’ foi conseguindo segurar a vantagem no prolongamento, mas, na secção final, Domergue ‘bisou’, aos 115 minutos, e, já aos 119, Michel Platini, que faturou em todos os jogos do Euro84 (nove golos), selou o 3-2 final.
Frente aos gauleses, Portugal alinhou com Bento, João Pinto, Lima Pereira, Eurico, Álvaro, Frasco, Jaime Pacheco, Sousa, Chalana, Jordão e Diamantino. Ao pausa, Gomes substituiu Diamantino e, aos 64, Nené entrou para o lugar de Sousa.
Dezasseis anos depois, em 2000, as duas equipas voltaram a encontrar-se numa meia-final de um Europeu, desta vez em solo neutro, em Bruxelas.
Em 28 de junho de 2000, Portugal marcou primeiro, logo aos 19 minutos, por Nuno Gomes, que apontou logo o seu quarto golo na prova, mas no início da segunda secção, aos 51, os campeões mundiais em título empataram, por Thierry Henry.
O encontro foi para prolongamento e, uma vez que em 1984, só se decidiu muito perto do termo, desta vez com um penálti de Zinédine Zidane, aos 117, depois de uma polémica mão de Abel Xavier. Portanto vigorava o ‘golo de ouro’, pelo que o jogo acabou ali.
Humberto Colho fez alinhar Vítor Baía, Abel Xavier, Fernando Couto, Jorge Costa, Dimas (Rui Jorge, 91), Vidigal (Paulo Bento, 61), Costinha, Rui Costa (João Vieira Pinto, 78), Sérgio Conceição, Figo e Nuno Gomes.
Porquê 16 anos antes, os franceses viriam a sagrar-se campeões da Europa.
Seis anos volvidos, vigorou a máxima de que ‘não há duas, sem três’, e as duas equipas reencontraram-se numa meia-final, desta vez do Mundial de 2006 e, na Alemanha, foi de novo a França a vencer, por 1-0, e novamente com um penálti de Zidane.
Em 05 de julho de 2006, no Allianz Estádio, em Munique, Zidane decidiu o jogo aos 33 minutos, depois de uma escusada falta de Ricardo Roble.
Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, Portugal alinhou com Ricardo, Miguel (Paulo Ferreira, 62), Fernando Meira, Ricardo Roble, Nuno Valente, Costinha (Hélder Postiga, 75), Maniche, Deco, Figo, Cristiano Ronaldo e Pauleta (Simão, 68).
Depois de três derrotas em meias-finais, a formação das ‘quinas’ acabou por conseguir ‘vingar-se’ na final de 2016, em solo gaulês, ao raptar a final no prolongamento, com um triunfo por 1-0 selado pelo ‘herói’ Éder.
A final nem começou, aparentemente, muito para Portugal, com uma prematura lesão de Ronaldo, substituído aos 25 minutos, por Ricardo Quaresma, mas acabou em sarau.
Fernando Santos elegeu Rui Patrício, Cédric, Pepe, José Natividade, Raphaël Guerreiro, William Roble, Adrien Silva (João Moutinho, 66), Renato Sanches (Éder, 79), João Mário, Nani e Cristiano Ronaldo (Ricardo Quaresma, 25).