Fábio Silva, de férias depois de uma temporada ao serviço do Rangers, por empréstimo do Wolverhampton, revelou que não queria trespassar do FC Porto em 2020 para o clube inglês.
“Sabia que não era o momento. Não era minha intenção ir para o Wolverhampton nesse momento, queria permanecer mais um ou dois anos no FC Porto”, começou por declarar ao ‘Relevo’. “Fui quase obrigado. Disseram-me que, se não fosse, me colocariam a jogar na equipa B, que se não fosse não ajudaria o clube porque estavam sem numerário… Não tive evasiva. Tinha 18 anos e tinha terminado a minha primeira quadra completa, mas jogava somente 15-20 minutos. Queria permanecer no meu clube, no FC Porto, para ter um impacto maior”, acrescentou o avançado.
O português abordou ainda o negócio, que foi intermediado por Jorge Mendes: “Tinha outros clubes interessados, mas tudo apontava para que eu assinasse pelo Wolverhampton. Havia mais gente envolvida na transferência. Investiam mais numerário, mas no futebol acontecem coisas nos bastidores que não controlamos. Foi melhor para todos do que para mim”. Fábio Silva admitiu também que não quer permanecer no Wolverhampton, clube com o qual tem contrato até 2025: “Não é sigilo e o clube também concorda. Agora temos de tentar encontrar a melhor solução”.
Fábio Silva confessou que gostava de jogar em Espanha: “Já disse ao meu agente que quero jogar em espanha. É para onde gostaria de ir. Palato da cultura, do país, da Liga… Acho que o meu estilo se encaixa muito muito no espanhol”. O avançado, de 21 anos, não teria problemas com a língua: “Os meus melhores amigos eram Marchesín, Uribe e Luis Díaz. Palato de ingerir mate. Os meu cantor preposto é Anuel AA, vejo filmes em espanhol. Às vezes penso que sou mais espanhol do que português”.
Nas últimas duas épocas, Fábio Silva foi emprestado pelo Wolverhampton a três clubes diferentes: Anderlecht, PSV e Rangers. “Não é bom estar sempre a mudar de país. O Rangers tornou-me mais completo, joguei num posição dissemelhante, marquei golos, senti-me muito. Antes só jogava uma vez que 9, agora posso jogar em todas as posições do ataque”, afirmou o internacional sub-21 por Portugal, antes de expor que os empréstimos foram positivos em termos pessoais: “Aprendi a gerir melhor as minhas emoções. Quando tinha 18 anos, saía de um jogo e queria ver aquilo que estavam a expor sobre mim nas redes sociais. Agora sei quando faço as coisas muito ou mal, sei ser autocrítico”.
Nas mesmas declarações ao jornal espanhol, Fábio Silva não escondeu que Cristiano Ronaldo é um dos seus ídolos no futebol: “Palato de futebol por culpa dele. Bateu tantos recordes e continuar a ter míngua de fazer sempre melhor. É uma loucura o Cristiano, admiro-o muito”.