“Para colocarem jogadores no FC Porto ou venderem jogadores do FC Porto, os agentes aceitam repor aos dirigentes desportivos do mesmo clube, designadamente a Jorge Nuno Pinto da Costa, segmento dos montantes cobrados pela sua mediação uma vez que intermediários nesses negócios”, pode ler-se no despacho do Ministério Público.
Pai e rebento terão agora de explicar o que aconteceu às comissões desviadas, o que, segundo a ‘A Mag’ apurou, pode revelar-se uma verdadeira dor de cabeça para Alexandre, que teme que em tribunal o pai se tente desresponsabilizar, culpando-o integralmente das acusações, sendo, literalmente, o “salve-se quem puder”.
Em relação à filha, pairam no ar as incertezas em relação ao porvir, com a certeza de que, neste momento, há mais portas que se podem fechar do que furare a sensação de ‘embarcação à deriva’ a marcar a vida de uma família que já teve no trono, mas de um momento para o outro perdeu tudo.
Entre aqueles que conhecem muito os meandros deste Porto, o sentimento é de que muito já mudou na cidade, o que tem a ver essencialmente com a saída de Pinto da Costa e, por outro lado, a detenção daquele que sempre foi um dos seus braços-direitos, Fernando Madureira, mais sabido por Macaco, no contextura de dois processos relacionados com o clube.
“Havia um clima de susto que se confundia com reverência, mas já não se sente isso. Aliás, há muitas pessoas que já não disfarçam e de um momento para o outro cortaram, afastaram-se do Pinto da Costa, agora que já não está no poder. Para ele isto está a ser um grande choque”diz uma nascente, acrescentando, no entanto, que o vetusto líder dos Dragões mantém alguns fiéis amigos, com os quais se sente grato por poder racontar, uma vez que é o caso de Vítor Baía, ainda que a mudança tenha trazido à sua vida uma sensação de finitude e de grande tristeza.
“Não está a ser fácil e não vai ser fácil, porque ele ainda não digeriu isto.”
O APOIO DE CLÁUDIA… QUE FICA COM A PIOR PARTE
Carolina Salso celebrou vários títulos ao lado de Pinto da Costa, Filomena Morais teve recta a dois casamentos e Fernanda Miranda viajou pelo mundo, somando luxos sem término no tálamo com o logo líder azul-e-branco. Mas se as anteriores mulheres de Pinto da Costa puderam usufruir de um super regimento de primeira-dama e uma vida de mordomias, para a quinta mulher solene, Cláudia Campo, ficou reservada a pior segmento.
A bancária entrou na vida do ex-presidente há muro de cinco anos, numa período em que tudo começava já a complicar-se e tem pretérito por momentos que se assemelham mais a um calvário do que um cenário romântico. Dos sustos com a saúde, às polémicas passando pelo momento atual, que é o mais duro de sempre, esperam a Cláudia vários desafios.
“Ela ficou com a pior segmento”, diz uma nascente, acrescentando que a bancária tenta levar tudo com “calma e leveza” ainda que não seja fácil. “O Pinto da Costa não é uma pessoa fácil, muito menos no momento em que está.”
Ainda assim, Cláudia mostra-se com forças para enfrentar os tempos difíceis, contando com o totalidade suporte da filha de Pinto da Costa, Joana, que sempre a acolheu de braços abertos na família, sobretudo porque leste tálamo significou o término da era daquela que tinha uma vez que a sua grande rival, a brasileira Fernanda Miranda.