Os Super Dragões anunciaram, na tarde deste sábado, que Fernando Madureira renunciou à posição de líder da claque depois “a pressão mediática originada pelos processos judiciais em curso”. Madureira foi o principal responsável da claque durante praticamente duas décadas, represado preventivamente em Janeiro no contextura da Operação Pretoriano. A par de Fernando Madureira, também a mulher, Sandra Madureira, e a filha, Catarina Madureira, se afastam do grupo.
A claque fica, assim, sem presidente, vice-presidente e presidente da Mesa da Câmara Universal. No enviado publicado pelos Super Dragões, a claque anuncia a convocatória para uma Câmara Universal Extraordinária marcada para o dia 15 de Julho, encontro de associados que decidirá a novidade constituição da direcção. As listas devem ser comunicadas até ao dia 1 de Julho, sendo tornadas públicas quatro dias depois.
Fernando Madureira e a mulher são suspeitos de terem lucrado com um alegado esquema de venda de bilhetes do FC Porto. O clube não receberia qualquer verba desse lucro, com a receita a virar para o financiamento de estilos de vida luxuosos dos membros da direcção dos Super Dragões. A filha destes, Catarina Madureira, terá continuado o negócio dos bilhetes depois os pais serem envolvidos em investigações judiciais.
Os Super Dragões são a principal claque do FC Porto e gozam de um protocolo assinado com o clube que concede condições especiais de chegada a bilhetes e outros apoios. Mas os benefícios recolhidos pelo grupo poderá ser drasticamente reduzido em breve, com a tomada de posse de André Villas-Boas, vencedor das eleições com mais de 80% dos votos. O novo presidente vai promover uma estudo judicial à bilhética do clube, tendo já retraído indícios de que o sector reservado aos Super Dragões é responsável por uma perda de receita do clube.
As autoridades acreditam que os Super Dragões contavam com a colaboração de funcionários do clube para recolher bilhetes destinados a lar do clube, atletas e funcionários. Estes ingressos seriam vendidos e o verba ficaria com a claque. Terá sido com recurso a levante esquema que a família Madureira financiava o estilo de vida de luxo que exibia nas redes sociais. Nas buscas à residência da família foram apreendidos carros e tapume de 50 milénio euros em numerário.
Fernando Madureira é membro da claque desde juvenil, assumindo-se porquê um dos líderes há mais de duas décadas. Sucedeu a Rui Teixeira no função de presidente da claque, mantendo-se porquê presidente dos Super Dragões sem qualquer objecção. A relação com a direcção nem sempre foi um mar de rosas, destacando-se um namoro de relações com a claque depois um ataque ao treinador Co Adriaanse, corria o ano de 2006.
Fernando Madureira investigado
Thiago Lopes
No pretérito recente, claque e clube tiveram uma relação maioritariamente pacífica. O líder dos Super Dragões era colega assumido de Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, recebendo em nome da claque o dragão de ouro para “parceiro do ano”, no ano de 2020.
Mesmo com os maus resultados e detença pontual face à liderança na presente temporada, os Super Dragões nunca contestaram a equipa – ao contrário de vários momentos idênticos no pretérito –, colocando-se ao lado de Pinto da Costa nas eleições de 27 de Abril. Foi também esta colagem que valeu à claque um coro de assobios por secção do restante Estádio do Dragão, sempre que era entoado o nome do macróbio presidente. Juntando-se isto às polémicas dos bilhetes e violência da Câmara Universal extraordinária de 13 de Novembro, é seguro proferir que a claque nunca teve relação tão danificada com o restante universo “azul e branco”.
Enquanto líder dos Super Dragões, Fernando Madureira foi ligado a vários incidentes de violência no desporto, alguma coisa que lhe valeu interdições. Na próxima quarta-feira, será um dos arguidos a saber a sentença num processo que visa agressões a agentes da polícia antes de um jogo de hóquei frente ao Benfica.