Março 20, 2025
Festival do Maio leva Manu Chao e Marcelo D2 ao Seixal em Julho
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Desde 2019 que Luís Varatojo (Luta Livre, ex-Peste & Sida) programa o Festival do Maio, no mês homónimo, no Seixal. A mostra, de ingresso livre, só não se realizou em 2020, por justificação da pandemia. E parecia que leste ano tinha voltado a não sobrevir. Mas só se atrasou. Regressa a 19 e 20 de Julho, com Manu Chao no topo do edital.

Segundo o director artístico, Luís Varatojo, o delongado deveu-se a complicações logísticas. A dada fundura, ficaram “basicamente sem programa”, conta. “Depois levantou-se a possibilidade de fazer em Julho e apareceu a hipótese do Manu Chao, que queríamos programar desde o primeiro ano… Juntou-se o útil ao aprazível.”

Nascido em França há 63 anos, numa família de republicanos espanhóis, Manu Chao foi um nome inevitável na viragem do século e durante os anos zero. Chegou a estar indicado para os Grammys norte-americanos e recebeu mesmo um Grammy Latino.

No entanto, o ex-Mano Negra nunca pareceu completamente à vontade com a glória e o negócio da música. E acabou por afastar-se dos palcos e dos holofotes. De tratado com um perfil publicado por O país durante a pandemia, vive dos royalties, tocando unicamente quando e porquê lhe aprazedor. Ainda no sábado, 13, deu um concerto no Festival Contrasta, em Valença. Agora, apeteceu-lhe saber o Parque Urbano do Seixal.

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O francesismo tem também um novo álbum na calha. Labareda-se Viva você e foi precedido pelo single homónimo, no final de Maio, e por “São Paulo Motoboy”, já leste mês. O segundo progressão do disco foi escoltado por um par de vídeos e uma curta-metragem documental sobre estes trabalhadores tão precários porquê essenciais.

Manu Chao é bom, mas não é tudo

Esta sexta-feira, 19, o francesismo volta a tocar sozinho, no mesmo registo acústico que abraçou leste sábado, 13, nas Cortinas de São Francisco. Partilha o edital com os Escoltahistórica orquestra granadina, moral e esteticamente próxima de Manu Chao. Uma música engajada, que segmento do rock e leva-o numa viagem à volta do mundo, cruzando-se com o afrobeat, a cumbia, o reggae, o ska, o jazz e o que mais calhar.

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Segue-se, no sábado, 20, Marcelo D2. O carioca começou a rimar no início dos 90s, quando fundou com Skunk (1967-1994) os Planet Hemp, nome crucial do rap-rock brasílico; e lançou-se a solo no final uns anos depois. Desde logo, gravou mais de uma dezena de discos, a solo e com a sua orquestra. Iboru (2023) é o mais recente, que anda a mostrar em Portugal. Cá com o português EU.CLIDES na primeira segmento.

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De tratado com a organização Festival do Maio, “à semelhança das edições anteriores, os vídeo poemas gravados por artistas de diferentes áreas cantores, atores, escritores pontuarão os espaços entre as actuações”. As portas abrem pelas 19.00 e a ingresso é livre. Pelo menos enquanto houver espaço no Parque Urbano do Seixal.

Parque Urbano do Seixal. 19-20 Jul (Sex-Sáb). 19.00. Ingresso livre

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