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Desde 2019 que Luís Varatojo (Luta Livre, ex-Peste & Sida) programa o Festival do Maio, no mês homónimo, no Seixal. A mostra, de ingresso livre, só não se realizou em 2020, por justificação da pandemia. E parecia que leste ano tinha voltado a não sobrevir. Mas só se atrasou. Regressa a 19 e 20 de Julho, com Manu Chao no topo do edital.
Segundo o director artístico, Luís Varatojo, o delongado deveu-se a complicações logísticas. A dada fundura, ficaram “basicamente sem programa”, conta. “Depois levantou-se a possibilidade de fazer em Julho e apareceu a hipótese do Manu Chao, que queríamos programar desde o primeiro ano… Juntou-se o útil ao aprazível.”
Nascido em França há 63 anos, numa família de republicanos espanhóis, Manu Chao foi um nome inevitável na viragem do século e durante os anos zero. Chegou a estar indicado para os Grammys norte-americanos – e recebeu mesmo um Grammy Latino.
No entanto, o ex-Mano Negra nunca pareceu completamente à vontade com a glória e o negócio da música. E acabou por afastar-se dos palcos e dos holofotes. De tratado com um perfil publicado por O país durante a pandemia, vive dos royalties, tocando unicamente quando e porquê lhe aprazedor. Ainda no sábado, 13, deu um concerto no Festival Contrasta, em Valença. Agora, apeteceu-lhe saber o Parque Urbano do Seixal.

O francesismo tem também um novo álbum na calha. Labareda-se Viva você e foi precedido pelo single homónimo, no final de Maio, e por “São Paulo Motoboy”, já leste mês. O segundo progressão do disco foi escoltado por um par de vídeos e uma curta-metragem documental sobre estes trabalhadores tão precários porquê essenciais.
Manu Chao é bom, mas não é tudo
Esta sexta-feira, 19, o francesismo volta a tocar sozinho, no mesmo registo acústico que abraçou leste sábado, 13, nas Cortinas de São Francisco. Partilha o edital com os Escoltahistórica orquestra granadina, moral e esteticamente próxima de Manu Chao. Uma música engajada, que segmento do rock e leva-o numa viagem à volta do mundo, cruzando-se com o afrobeat, a cumbia, o reggae, o ska, o jazz e o que mais calhar.
Segue-se, no sábado, 20, Marcelo D2. O carioca começou a rimar no início dos 90s, quando fundou com Skunk (1967-1994) os Planet Hemp, nome crucial do rap-rock brasílico; e lançou-se a solo no final uns anos depois. Desde logo, gravou mais de uma dezena de discos, a solo e com a sua orquestra. Iboru (2023) é o mais recente, que anda a mostrar em Portugal. Cá com o português EU.CLIDES na primeira segmento.
De tratado com a organização Festival do Maio, “à semelhança das edições anteriores, os vídeo poemas gravados por artistas de diferentes áreas – cantores, atores, escritores – pontuarão os espaços entre as actuações”. As portas abrem pelas 19.00 e a ingresso é livre. Pelo menos enquanto houver espaço no Parque Urbano do Seixal.
Parque Urbano do Seixal. 19-20 Jul (Sex-Sáb). 19.00. Ingresso livre
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