Não teve espetáculo, mas o Fluminense é mais um time guardado de maneira antecipada às oitavas de final da Despensa Libertadores. Atual vencedor, os cariocas receberam o Cerro Porteño, do Paraguai, e aproveitaram a expulsão do zagueiro Báez na lanço final para lucrar, por 2 a 1, no Maracanã. A vitória ainda deu a liderança do Grupo A – não pode mais ser apanhado pelos paraguaios e pelo Pescoço-Pescoço, ambos com 5 pontos, diante de 11 dos brasileiros.
Depois de vaias no pausa com o 1 a 1 no placar, o Fluminense superou a catimba rival com belo gol de cabeça de Ganso. Na rodada final, novamente no Maracanã, o atual vencedor fecha sua participação diante do Alianza Lima, lanterna com 4 pontos, mas que ainda sonha com vaga. Os peruanos teriam de lucrar e torcer por empate no Paraguai no outro embate.
O Fluminense entrou em campo sob pressão por justificação das apresentações ruins dos últimos jogos, sobretudo no Brasileirão, no qual figura na zona de rebaixamento e vem de itinerário diante do São Paulo, por 2 a 1. Mas precisando de exclusivamente um empate para continuar às oitavas da Libertadores, na qual também rende inferior do esperado, mas lidera a chave A.
Lucrar significava, ainda, prometer a primeira posição da chave e a oportunidade de definir em vivenda nas oitavas. Poupados diante do São Paulo, Marcelo, Ganso e Tubo foram escalados desde o início e o técnico Fernando Diniz optou por escalação com somente Antônio Carlos uma vez que zagueiro de origem, ao lado do volante Martinelli.
O primícias foi animador no Maracanã, com o Fluminense propondo o jogo e chegando muito. O goleiro brasílio Jean salvou no chuto falso de Tubo logo aos 4 minutos. Logo depois, o prateado anotou, mas estava impedido.
A insistência terminou em golaço de Marcelo em batida colocada de pé recta que era para deixar o jogo mais tranquilo aos cariocas. Na frente, obrigaria os paraguaios a transpor de trás, o que daria espaços aos contragolpes. Ocorre que o Cerro Porteño empatou rapidamente, com Viera, livre, depois reclamação de falta na origem da jogada.
A situação quase complica aos 30 minutos, quando Viera tocou dentro da dimensão para Churín virar o marcador. A torcida que já estava indignada com o resultado e a apresentação, começou a reivindicar. Mas vibrou quando o perito anulou o gol da viradela, anotando impedimento.
Tentando ‘chacoalhar’ a equipe, a torcida aumentou a cantoria e o incentivo. E viu Tubo quase recolocar o time carioca em vantagem ao desviar interceptação de Arias e parar em milagre de Jean. O fecho da lanço veio com fortes vaias aos cariocas.
O segundo tempo começou com o Fluminense perdendo boa chance em lance pastelão. Tubo furou o bom interceptação e, no rebote, ainda levou uma bolada na potente finalização de Marcelo, atuando uma vez que “zagueiro paraguaio.” Quando o bombeiro finalizou, mandou a cabeçada para fora.
Visivelmente satisfeito com a paridade, os paraguaios matavam o tempo com morosidade na reposição de esfera e cavando faltas. Aos 26, mas, a expulsão de Báez mudou a história do jogo. Com um a mais, o Fluminense rapidamente voltou a mandar no placar. Guga cruzou para Ganso, que cabeceou com estilo, definindo a vitória.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 2 X 1 CERRO PORTEÑO
FLUMINENSE – Fábio; Guga (Felipe Andrade), Antônio Carlos, Martinelli e Marcelo; Alexsander, Lima e Ganso (Renato Augusto); Arias, Keno (Isaac) e Tubo (John Kennedy). Técnico: Fernando Diniz.
PORTO HILL – Jean; Benitez, Baez, Edward Brock e Arzamendia; Piris da Motta, Carrascal (Morel) e Viera; Dominguez (Ronaldo de Jesus), Iturbe (Carrizo) e Churín (Portillo). Técnico: Manolo Jiménez.
GOLS – Marcelo, aos 14, e Viera, aos 18 minutos do primeiro tempo; Ganso, aos 28 do segundo.
CARTÕES AMARELOS – Martinelli (Fluminense) e Ronaldo de Jesus e Piris da Motta (Cerro Porteño).
CARTÃO VERMELHO – Báez (Cerro Porteño).
ÁRBITRO – Darío Herrera (ARG).
RENDA – R$ 1.498.003,20.
PÚBLICO – 39.336 pagantes (42.232 presentes).
LOCAL – Maracanã, no Rio.