Março 21, 2025
“Foi, sem sombra de dúvidas, o meu concerto preposto até hoje”

“Foi, sem sombra de dúvidas, o meu concerto preposto até hoje”

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Milhanas teve a honra e a responsabilidade de inaugurar o palco Porto., onde mais logo atua Lana del Rey, a principal estrela deste segundo dia do Primavera Sound Porto, há meses esgotado. O mau tempo não desanimou a jovem artista, que se juntou ao público a sentir a chuva a tombar, o que deu ainda mais exaltação para uma atuação em que apresentou música novidade… e um pormenor quase catártico.

Milhanas teve a honra e a responsabilidade de inaugurar o palco Porto., onde mais logo atua Lana del Rey, a principal estrela deste segundo dia do Primavera Sound Porto, há meses esgotado.

Se, a início, o nervosismo tomou conta da jovem artista, mal pisou deixou o palco não se deixou incomodar e acabou por ter o concerto em que mais se divertiu. Tão pouco o mau tempo desanimou Milhanas, que se juntou ao público a sentir a chuva a tombar, o que deu ainda mais exaltação para uma atuação em que apresentou música novidade… e um pormenor quase catártico.

Porquê foi oriente concerto no Primavera Sound Porto?
Gostei muito. Foi, sem sombra de dúvidas, o meu concerto preposto até hoje. Estava com muito terror, tive uma crise nos últimos tempos de um grande síndrome do impostor. Porque haveria eu de estar no palco principal de um festival tão grande uma vez que oriente? Porque que haveria eu de estar a tocar no mesmo dia de uma artista uma vez que a Lana Del Rey? Quem sou eu? O que vou eu fazer? Porquê vou invadir as pessoas? Seria muito tonto se achasse que as pessoas vieram unicamente para me ver! Mas, quando cheguei, pensei que não faria sentido e que ia findar por prejudicar-me. E, mal entrei em palco, percebi que ia só divertir-me. Foi o primeiro concerto onde senti que me diverti 1000% e que não estava preocupada se me enganava, se as pessoas estavam ou não estavam a gostar. Se calhar senti isso também porque houve essa empatia do público comigo. Às vezes os públicos de festivais são complicados, não é?, porque há muitos estímulos, há muitos concertos ao mesmo tempo, as pessoas falam… É um processo difícil, mas que, para mim, hoje foi fácil pela primeira vez, porque senti-me verdadeiramente ligada com o público e fui muito vulnerável. Estive o tempo todo a ser muito eu própria, sem pensar…

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Costuma dizer-se que concerto molhado é concerto bendito. Sentiste isso?
Senti, senti! No início fiquei nervosa, porque é muito fácil que a chuva afaste as pessoas, que as ponha num humor em que percam um mica a paciência, estão numa situação de desconforto… A minha decisão inconsciente foi abraçar e assumir isso. É uma fraqueza que está a ocorrer, em que ninguém pode fazer zero, não há nenhum controlo sobre isso. Em vez de fingir que zero está a ocorrer, vou abraçar e por isso é que decidi também ir para a chuva. É estar com as pessoas e fazer a piada de “Venham todos para cá!” Acho que foi mesmo fixe, porque, de facto, não podia ter melhor edital. Hoje não podia ter um concerto da Lana Del Rey pleno de sol, não faria sentido. Mesmo o meu concerto pede um tempo mais nublado, digamos assim. Acho que foi peculiar.

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Lançaste o De Sombra a Sombra há muro de um ano. Porquê tem sido apresentar o teu álbum?
Tem sido muito bom! Os arranjos já mudaram muito e acho que estamos, finalmente, a chegar a um sítio consistente para trabalharmos ao vivo. Acho que, agora sim, estamos prontos. Até agora tem sido quase uma temporada de experimentação, sempre incrível com as pessoas do outro lado… Para nós, enquanto filarmónica e enquanto grupo, agora sim, estamos consistentes e prontos para caminhar por aí.

Apresentaste duas ou três músicas novas hoje. O que estás a preparar?
Estou lentamente a tentar preparar o próximo disco, sem pressa. Ainda não sei muito muito por onde quero ir. Tenho tentado limitar-me só a descrever histórias novas, descrever, deitar para fora coisas que me têm sucedido, torná-las em música. Vou cantando para também entender a reacção do público… sabor muito de fazer esse treino, mas não sei se estas canções vão fazer ou não secção. Estou à procura ainda, sem pressão.

Na Quero-te Sanar houve um trovão e tu exclamaste “É para ele, que foi um otário!”. Foi uma espécie de catarse?
Foi! Na fundura pensei que poderia arrepender-me de o ter dito, porque, ainda por cima, sou muito certinha na minha forma de falar, mas isso também é um mica uma máscara. Mas, naquela música, que é uma música novidade, que é muito recente para mim também o tema sobre que a música reflete… Quando o trovão acontece e as pessoas começam a reagir, aquilo para mim foi brutal! Queria permanecer ali mais tempo e não me apetecia ter que continuar o concerto. Foi muito fixe!

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Abriste o palco onde vai atuar a Lana del Rey… É um concerto que queres ver?
Muito, evidente! Estou muito ansiosa…

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