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“Eu estava saindo do carro, na garagem, esqueci de freá-lo. Tem um pequeno declive e o carro começou a andar para trás sozinho. Tentei pegar o volante e frear, mas me desequilibrei e essa perna ficou embaixo da roda dianteira do carro, que me arrastou por 30 metros pelo asfalto, levando tudo que era ‘chicha’ dessa perna, num acidente brutal. Quis agarrá-lo e ele me agarrou“, começou por relatar o escritor.
No momento, foram os gritos de Francisco Moita Flores que o salvaram. Não demoraram nem cinco minutos para rapidamente o socorrerem. “Estavam os bombeiros, o INEM, estava aquela gente toda que faz coisas bonitas às pessoas e que trataram de mim e fui para [o Hospital de] Santa Maria“, descreveu logo de seguida.
Apesar das dores, que o escritor descreve como “terríveis“, a verdade é que se conseguiu manter sempre consciente. Contudo, o cenário, nunca se irá esquecer na sua vida. “Eu sou das poucas pessoas vivas, e de certeza absoluta a única aqui, que já viu os seus próprios ossos“, disse, no Júlia.
Seguiam-se 40 dias internado no hospital, três operações e, inevitavelmente, o medo. “A forte possibilidade de perder a perna… aí perdi as forças. Aí bateu fundo porque de um momento para o outro, por um disparate meu… ‘Como é que eu vou ficar sem uma perna?’“, contou, visivelmente emocionado.
Não aconteceu! Acompanhado por excelentes equipes médicas, a verdade é que médicos, enfermeiros e auxiliares salvaram sua perna que, no momento, está “costurada” da parte de cima da coxa até o dedinho do pé. Mas, após o susto, ainda havia muito o que fazer! A recuperação começava ali com a presença de uma nova companheira: a cadeira de rodas.
“Para mim foi uma conquista, porque uma coisa eu tinha certeza: com a cadeira de rodas eu poderia ir tomar banho sozinho, poderia ir ao banheiro sozinho. Os momentos das nossas maiores intimidades eu não tinha a necessidade de pedir, que é uma das coisas que nos humilha“, desabafou o escritor com Júlia Pinheiro.
Logo depois, seguiu-se o andarilho: foi, para Francisco Moita Flores o grande momento no hospital. “Pôr-me-ia em pé e eu tinha muito medo que não chegasse esse momento. (…) Foi tanto medo que eu quando senti que a perna reagia, confesso, que caí a chorar no ombro da enfermeira. Foi um momento de felicidade único saber que podia usar as minhas duas pernas“.
Atualmente, o escritor ainda está em recuperação. Foi, há cerca de um mês que ele deixou a bengala e pôde voltar a dirigir. Fisicamente, a perna afetada acabou ficando torta e sem músculos, e, psicologicamente, ainda há momentos que ela está em rejeição em relação ao que aconteceu com ela. Porém, a família tem sido um apoio fundamental para o seu processo de tentar voltar ao que sempre foi.
Veja a conversa entre Francisco Moita Flores e Júlia Pinheiro no vídeo acima!
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